Comissão Episcopal Pastoral para a Liturgia reúne-se para discutir plano quadrienal

Os bispos que foram eleitos para a Comissão Episcopal Pastoral para a Liturgia se encontraram, pela primeira vez, na sede da CNBB em Brasília-DF, nesta terça-feira, dia 10 de setembro.

Segundo o bispo de Paranaguá (PR), dom Edmar Peron, presidente da Comissão, os bispos estão analisando e pensando projetos para o quadriênio (2019 a 2023). Uma das sugestões, de acordo com ele, é a de organizar um grupo para que se possa pensar sobre o sínodo da Amazônia, convocado pelo Papa Francisco e que tem como foco identificar novos caminhos para a evangelização dos povos indígenas.

Comissão reunida na sede da CNBB, em Brasília (DF). Crédito: Daniel Flores/CNBB

Dom Carlos Verzeletti, bispo de Castanhal (PA) e membro da Comissão avalia que o sínodo, convocado pelo papa, envolve traços e elementos que possibilitam uma visão sobre a liturgia e a inculturação. “Daí está o propósito de se criar um grupo de estudo que comece a aprofundar essa questão tão importante para a nossa igreja”, salientou.

Cabe aqui lembrar que o Sínodo para Amazônia foi uma resposta do Papa Francisco à realidade da Pan-Amazônia. Seu objetivo além de identificar novos caminhos para a evangelização, especialmente dos povos indígenas, também é o de lançar um olhar para a Floresta Amazônica, pulmão de grande importância para nosso planeta.

Outro ponto de destaque na reunião é a questão do acesso das pessoas celíacas à Comunhão Eucarística. A Comissão pretende, neste quadriênio, elaborar orientações a fim de garantir a comunhão eucarística segura das pessoas celíacas, uma condição autoimune, desencadeada pelo consumo do glúten presente no trigo, na aveia, na cevada, no centeio e derivados.

Dom Edmar Peron explica que a Comissão quer elaborar algumas orientações a fim de sanar algumas dúvidas que ainda pairam como é o caso da questão do vinho. “Tem a questão do vinho para a missa, qualquer vinho vale? Há vinícolas que estão produzindo um bom vinho para a missa e querem um reconhecimento eclesial. Como isso vai se dar? Então, estamos conversando sobre como podemos de fato dar continuidade a essa reflexão e encaminhamentos”, diz.

Comissão reunida na sede da CNBB, em Brasília (DF). Crédito: Daniel Flores/CNBB

Ainda nessa semana, durante os dias 11 e 12, o grupo se prepara para receber os bispos referenciais de liturgia dos regionais da CNBB, na sede da entidade em Brasília (DF). Esse é inclusive um dos pontos de destaque na reunião da Comissão. Dom José Luiz Majella, arcebispo de Pouso Alegre (MG) e membro da Comissão, diz que a intenção é também preparar o encontro com os referenciais para que tudo ocorra como o planejado.

Além disso, o arcebispo garante que os membros estão “levantando alguns pontos, principalmente os relativos a caminhada da liturgia que a Comissão vem sempre buscando ou que é procurada para pedir esclarecimentos”. Então, de acordo com ele, essa primeira reunião é o momento de “criar projetos para que a Comissão possa desencadeá-los no decorrer dos próximos quatro anos”, finaliza.

Na ocasião, os assessores da Comissão – padre Thiago Faccini, do Setor Espaço Litúrgico; o jesuíta, irmão Fernando Vieira, do Setor de Música Litúrgica e o padre Leonardo Pinheiro, da Pastoral Litúrgica –  também tiveram a oportunidade de apresentar aos bispos suas propostas e sugestões para o quadriênio.

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