Congresso reflete sobre desafios da formação do missionário presbítero

Com o tema “O missionário presbítero para uma Igreja em saída” e lema “Ide sem medo para servir”, teve início na quinta-feira, 9, o 2º Congresso Nacional Missionário para Seminaristas. O evento prosseguirá até o dia 12 de julho, no Museu de Ciências Naturais da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC Minas).

 O principal objetivo do Congresso, que acolhe  311 participantes dos quais 268 são seminaristas, é animar e aprimorar a formação missionária dos futuros presbíteros para um autêntico espírito missionário

Na abertura, o bispo de Guaxupé (MG) e presidente do Conselho Missionário do regional Leste 2 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom José Lanza Neto, conclamou os presentes a assumirem a identidade missionária da Igreja. “Somos Igreja em estado permanente de missão, precisamos carregar a marca e o espírito dela”, afirmou.

Desafios da Igreja em saída e o chamado de Deus

Na  abertura do evento, o bispo auxiliar de Brasília (F) e secretário geral da CNBB, dom Leonardo Steiner, indicou que cada missionário “foi encontrado caminhando nas veredas da vida e, com Jesus, deve retornar à fonte, vivenciando o espírito do serviço, da misericórdia e dor amor”. O arcebispo de Belo Horizonte (MG), dom Walmor Oliveira de Azevedo, reiterou que é preciso vencer o desafio da Igreja em saída. Também compondo a mesa, o arcebispo de Porto Alegre (RS) e presidente da Comissão para os Ministérios Ordenados e a Vida Consagrada da CNBB, dom Jaime Spengler, falou sobre a escolha de Cristo. “Cristo escolhe quem Ele quer e repete constantemente o convite a segui-lo: vinde e vede”, disse dom Jaime.

O diretor das Pontifícias Obras Missionárias (POM), padre Camilo Pauletti, destacou a necessidade de que os futuros padres tenham um bom coração e atitudes do ‘bom samaritano’. Em relação aos constantes pedidos do papa Francisco, padre Pauletti disse que “a missão exige preparação, abertura, coragem e desprendimento para ir às periferias”

Integraram a mesa de abertura do Congresso Missionário de Seminaristas o presidente da Organização dos Seminários e Institutos do Brasil (Osib), padre Nivaldo dos Santos; a representante da Conferência dos Religiosos do Brasil (CRB), irmã Elsie Auzier Vinhote; e o coordenador do Conselho Missionário de Seminaristas (Comise) do regional Leste 2 da CNBB, João Luiz da Silva, da arquidiocese de Mariana (MG).

Ainda na noite do dia 9, o secretário executivo do Centro cultural missionário (CCM), padre Estêvão Raschietti, fez uma retrospectiva da caminhada do evento e estimulou os seminasritas a continuarem na caminhada missionária.

Desafios da formação missionária

Neste segundo dia do evento, a preocupação com a formação missionária dos futuros sacerdotes foi o tema debatido pelo bispo auxiliar de São Luís (MA) e presidente da Comissão para a Ação Missionária da CNBB, dom Esmeraldo Barreto de Farias.

Uma das exigências que a missão coloca para a formação dos futuros presbíteros, segundo dom Esmeraldo, é  perceber que mesmo no papel de missionário, é preciso notar que o povo sujeito da missão tem cultura e vivência eclesial próprias. Outra exigência seria transpor o “missionário que trata os pobres como objeto de sua ação pastoral para um missionário que acolhe os pobres como presença viva de Jesus e sujeitos de sua história de missão”.

Além de destacar que o missionário deve viver a gratuidade “oferecendo a própria vida”, o bispo ressaltou a importância do missionário presbítero “valorizar o protagonismo dos leigos e pobres e não se colocar no centro da missão”, aprendendo a “formar comunidades ministeriais, missionárias, solidárias e celebrantes do Mistério Pascal”.

Caráter dinâmico da missão

A representante da Conferência dos Religiosos do Brasil (CRB), irmã Elsie Auzier Vinhote, ressaltou o caráter dinâmico da missão, em sua conferência, nesta sexta-feira, 10. Segundo ela, “o estar com Jesus Cristo não é estático, mas é um estar em movimento, porque Jesus envia em missão”. “Não somos discípulos de Jesus quando estamos estagnados”, disse a religiosa.

Para a religiosa, a missão consiste em ir ao encontro dos excluídos e nos lugares que ninguém deseja ir, para lembrá-los que Deus os ama. “A missão nos faz amar como Deus nos ama. Cada pessoa vale o sangue de Cristo”, explicou.

Com informações das POM

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