Em dia de São Francisco, presidente da CNBB reinaugura templo dedicado ao santo

Hoje, 4 de outubro, o arcebispo de Belo Horizonte (MG) e presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom Walmor Oliveira de Azevedo reinaugurou a Igrejinha da Pampulha, dedicada a São Francisco de Assis, padroeiro da Natureza e dos animais.

Durante um ano e três meses, o templo passou por um trabalho de restauração, com obra executada pela prefeitura de Belo Horizonte com recursos do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). O prédio apresentava problemas estruturais e de infiltração, fato que impedia a realização de celebrações, visitação de turistas e colocava em risco as obras de arte, como os painéis do altar e a via sacra do pintor Cândido Portinari no interior da Igrejinha.

“Nossos corações se alegram pela restauração deste conjunto arquitetônico da mais alta importância para a capital mineira, dedicada à São Francisco de Assis, o pai inspirador da ecologia integral”, disse dom Walmor.

Painel de Cândido Portinari. Foto: Ascom Arquidiocese de Belo Horizonte (MG).

Para o presidente da CNBB, o local pode se tornar uma escola de aprendizagem da Ecologia Integral, como inspira São Francisco, com novos modos de viver os relacionamentos uns com os outros e também de organizar a economia, o social, a política e a relação com o meio ambiente. Inspirado pelo gesto do Papa Francisco, dom Walmor, na solenidade de inauguração, também plantou uma árvore, um pé de ipê-roxo-de-bola, em frente à Igreja da Pampulha.

Segundo a presidente do Iphan, Kátia Borgéa, a Igreja da Pampulha é um dos marcos do movimento modernista na arquitetura não só para o Brasil mas para o mundo. O templo, projetado pelo arquiteto Oscar Niemeyer, se tornou um dos mais importantes cartões postais da cidade e uma das principais atrações do conjunto arquitetônico e urbanístico da Pampulha.

Foto: Raphael Calixto

A Igreja São Francisco de Assis é emoldurada pelas águas da lagoa e reúne o trabalho do arquiteto Oscar Niemeyer, do paisagista Burle Marx e do pintor Cândido Portinari. A combinação gerou a construção em tons azuis, com linhas e curvas totalmente revestida por azulejos e pelos painéis de Cândido Portinari que retratam a Via Sacra e a imagem de São Francisco.

A Igreja da Pampulha é tombada pelo IPHAN, pelo Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais e pela Gerência do Patrimônio Municipal.

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