Em profundo silêncio, papa visita campos de extermínio de Auschwitz e Birkenau

Francisco encontrou-se com sobreviventes do holocausto  e com pessoas não judias que ajudaram a salvar vidas 

“Senhor, tem piedade do teu povo. Senhor, perdão por tanta crueldade”, escreveu o papa Francisco no Livro de Ouro, após visitar os campos de extermínio de Auschwitz e Birkenau, nesta sexta-feira, 29 de julho.

A visita foi marcada por momentos de silêncio e oração. De acordo com o diretor de programas da Rádio Vaticano, padre Andrzej Majewski,  o papa Francisco escolheu o melhor modo de falar, o silêncio. “Mas o silêncio, para ser compreendido, requer tempo. Por isto, esta manhã, o papa dedicou muito tempo à sua primeira visita a estes locais”, explicou. 

Em Auschwitz, após passar pelo portão com o letreiro “O trabalho liberta”, Francisco foi recebido pela primeira-ministra, Beata Maria Szydlo. Na ocasião,  cumprimentou dez sobreviventes do campo de concentração, entre eles uma senhora de 101 anos, e acendeu uma vela diante do muro onde milhares de prisioneiros foram fuzilados, permanecendo em oração.  

Francisco esteve, ainda, na cela onde São Maximiliano Kolbe pagou a pena destinada a um pai de família. A penalidade consistia na morte lenta, por meio da privação de água e comida. Porém, o sacerdote polonês, após duas semanas de agonia , faleceu envenenado no dia 14 de agosto de 1941. 

Em Birkenau, que fica a três quilômetros de Auschwitz, o papa Francisco percorreu de carro elétrico a ferrovia até a praça do Monumento às Vítimas das Nações. No local, encontrou-se com 25 “Justos entre as nações”, pessoas não judias reconhecidas por salvar judeus do extermínio nazista. Em silêncio percorreu as lápides que recordam as vítimas das diferentes nacionalidades e ouviu o Salmo 130  entoado em hebraico por um rabino e lido em polonês por um sobrevivente.

Com informações da Rádio Vaticano

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