No Advento acendemos quatro velas, representando os quatro domingos que antecedem a festa do Natal. Simbolizam o irrompimento, em nossa humanidade, da luz

bendita do Filho de Deus. O mundo se torna habitação de Deus feito carne. Jesus traz a alegria da realização das promessas antigas de Javé.

Na cultura moderna vivemos um Natal esvaziado pela alucinação das compras e da ganância do consumismo. Acontece que o Menino que nasce em Belém é simples e vem para servir no amor e na fidelidade ao Pai. Com isto quer dar direção para a história. Na pequenez, na fraqueza e na simplicidade humana Ele realiza o projeto esperado.

A esperança vem de Belém, uma cidade pequena e sem nenhuma expressão, mas fecunda e capaz de gerar o autor da vida plena para o mundo. Da simplicidade nasce a possibilidade da felicidade humana e da realização de todos em Deus. Ali acontece a plenitude da aliança do transcendente com a humanidade.

Natal é a reconstrução da história, da sociedade e do mundo. Isto acontece onde o povo não estava esperando. O mistério da vida sempre nos surpreende, porque das realidades mais simples podem surgir gestos extraordinários, capazes de mudar o caminho percorrido por um povo.

Hoje ficamos alegres porque celebrando o Natal do Menino Jesus. Mas é oportunidade também para ajustarmos os nossos projetos de vida. Eles devem estar afinados com as propostas trazidas pelo autor da vida. Assim estaremos construindo um mundo novo, que começa com o coração aberto para Deus e para a realidade humana.
Vivemos um tempo de corrupção do poder e de diversas lideranças, como uma idolatria do poder político e econômico. Por outro lado, um empobrecimento crescente do povo. A realidade é preocupante e desafiadora. O Natal é o nascimento de um clamor de quem sofre pedindo partilha e vida.

Aos leitores de nossa coluna desejamos um Feliz Natal, abençoado e cheio de esperança. Agradecemos pela caminhada do ano e auguramos um Ano Novo marcado pela fecundidade das bênçãos de Deus.

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