Pastoral Afro-Brasileira do Rio de Janeiro promove curso de formação para agentes

“A militância que precisa se renovar todos os dias, pois, como se sabe, o racismo, a discriminação e a injustiça social não tiram férias”, diz coordenador

A Pastoral Afro-Brasileira da arquidiocese do Rio de Janeiro (RJ) realizou, no domingo, 23, na capela de São João Evangelista, vinculada à paróquia de Santa Rosa de Lima, no bairro Jardim América, zona norte do Rio, mais uma edição dos cursos de formação para agentes. Mais de 30 pessoas de cinco paróquias da cidade participaram do encontro que teve como tema o documento 105 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) “Cristãos leigos e leigas na Igreja e na sociedade – Sal da terra e luz do mundo”.

Na formação, as lideranças estudaram o material, aprovado pela 54ª Assembleia Geral da CNBB, em abril deste ano, que é dividido em três capítulos: Cristão leigo, sujeito na Igreja e no mundo; sujeito eclesial: discípulos missionários e cidadãos do mundo; ação transformadora na Igreja e no mundo.

Desde 2014, a Pastoral iniciou um processo de formação de liderança. “A pastoral está num processo para ser uma nova pastoral de coragem, isto é, não ser uma de conservação do que já conquistado”, explica o coordenador nacional da pastoral, padre Jurandyr Azevedo Araújo. Em julho, durante o VIII Congresso Nacional da Pastoral, realizado na diocese de Duque de Caxias (RJ), 80 líderes foram formados. Além do estudo do subsídio, o grupo aprendeu muitas técnicas para serem aplicados em suas respectivas comunidades, paróquias e dioceses. É o que tem sido feito pelas lideranças no município carioca, a Pastoral está disseminando o trabalho e implantando novos núcleos nas comunidades paroquiais.

“Isso vem reforçar uma militância que precisa se renovar todos os dias, pois, como se sabe, o racismo, a discriminação e a injustiça social não tiram férias. As grandes questões do povo negro residem agora no como proceder diante de uma crise econômica planetária, para enfrentamento da qual não basta à conservação do já conquistado, mas urge repensar as formas de se estabelecer a conquista de uma economia efetivamente solidária, como nos propõe os Encontros da Pastoral Afro-brasileira”, ressalta padre Jurandyr Azevedo Araújo.

Também participaram do encontro no Rio de Janeiro, representantes de outras pastorais como: da Música, da Criança, Sobriedade, Saúde, líderes de círculos bíblicos e catequistas.

 

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