Reunião em Natal celebra o Dia Mundial do Refugiado

Representantes dos Governos federal, estadual e municipais, do Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados e organizações da sociedade civil participaram, nos dias 24 e 25, em Natal (RN), de uma reunião voltada à reflexão e análise do trabalho que vem sendo desenvolvido no Brasil a respeito dos imigrantes, emigrantes e refugiados. Especial atenção foi dedicada à ampla ação e participação de entidades da sociedade civil e das diferentes instâncias governamentais, no esforço coletivo em favor de atenção e integração de refugiados no Rio Grande do Norte.

O evento foi promovido pelo Centro de Direitos Humanos e Memória Popular (CDHMP), organização parceira do Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR) no RN. Participaram das atividades do Seminário, juntamente com a diretoria do CDDHMP/RN, o Sr. Andrés Ramirez, Representante do ACNUR no Brasil, Sr. Renato Zerbini Ribeiro Leão, Coordenador do Comitê Nacional para os Refugiados (Conare) do Ministério da Justiça, Ir. Rosita Milesi (mscs), assessora da Pastoral da Mobilidade Humana e Diretora do Instituto Migrações e Direitos Humanos (IMDH), e o Sr. Aluisio Mathias, coordenador do projeto de reassentamento de Refugiados no Rio Grande do Norte.

“Realizamos esse encontro na cidade de Natal em celebração ao Dia Mundial do Refugiado (dia 20 de junho)”, destacou a assessora da Pastoral dos Brasileiros no Exterior da CNBB, irmã Rosita Milesi.

O CDHMP, que integra a Rede Solidária para Migrantes e Refugiados, atende 21 núcleos familiares de refugiados no Rio Grande do Norte, distribuídos nas cidades de Natal, Poço Branco, Lages, Praia de Pipa e Parnamirim.

Mobilidade Internacional no Brasil

O Brasil tem hoje, em torno de 1 milhão de imigrantes em situação regular. Na última Regularização Migratória (Anistia), documentou-se entre 43 e 45 mil pessoas, destacando-se os bolivianos com 16.881 pessoas registradas oficialmente no Brasil. Muitos deles, devido à falta de documentação, eram explorados como mão de obra semi-escrava e alvo de traficantes. Chineses (5.492), seguidos por peruanos (4.642), paraguaios (4.135), coreanos (1.129) e outras nacionalidades (10.720).

Quanto à emigração, as estimativas apontam que há entre 3.5 e 4.5 milhões de brasileiros vivendo em outros países. Os maiores índices de brasileiros emigrantes são nos Estados Unidos, Japão e União Européia. Uma constatação dos últimos dois anos é que se acentua um forte movimento de retorno destes emigrantes à própria Pátria, sendo que a razão mais evidenciada é a perda de emprego devido à crise econômica. Segundo estatística do Ministério da Justiça do Japão, em 2009, 59.715 brasileiros retornaram ao Brasil.

No Brasil, o número de refugiados, em 31 de dezembro de 2009, era de 4.261 pessoas, dos quais, 3.859 (90,5%) são refugiados em primeiro país de asilo e 402 (9,5%) são refugiados reassentados. Integram este contingente, 76 diferentes nacionalidades.

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