Dom Carmo João Rhoden
Bispo Emérito de Taubaté (SP)
4° Domingo do Tempo Comum: 28/01/24 (Mc 1, 21-28)
Texto referencial: “Que queres de nós, Jesus de Nazaré? Vieste para nos destruir?” (Mc 1, 24)
O texto apresenta Jesus ensinando, ou seja, evangelizando. Aliás, esta era a grande preocupação sua: apresentar a Boa Nova, do Reino de Deus. Por isso, Ele ensinava no templo, na sinagoga e fora deles. Falava, com autoridade. Isso impressionava a todos. Ele era, deveras, diferente, pois agia, como profetizado: o verdadeiro mestre.
Na sinagoga, havia um homem possuído, por um espírito mau, além de muitos outros presentes. O espírito mau reconheceu Jesus e lhe perguntou: “O que queres de nós, Jesus Nazareno?” Fez, ainda, uma verdadeira profissão de fé: “Sei quem tu És: És o Santo de Deus”. Portanto, identificou a Jesus, como Filho de Deus. Estava certo.
No entanto, Jesus não aceitou tal profissão de fé, pois, procedia de seu arqui-inimigo: o maligno. Além disso, mandou que calasse, pois, Ele esperava fé, dos seus seguidores ou, então, a despertava. De fato, Jesus veio para salvar a todos e, por isso, ser reconhecido, amado e seguido.
A Igreja sinodal precisa de evangelizadores: padres, religiosos(as) e leigos(as). Deles, Jesus exige testemunho de fé e de amor: os quer a todos evangelizando e edificando o Reino de Deus. Não somos, por demais, omissos? Ou, então, demasiado morosos no exercício da missão? A nós, Ele não manda calar, como fez no Evangelho, hoje proclamado. Pelo contrário, somos enviados para uma grande missão. (cf. Mt 20, 4).