Na nota, a CNBB também convida os cristãos a se unirem, junto ao Exercado Apostólico Armênio para a América Latina, na celebração eucarística em solidariedade às vítimas no próximo domingo, 1º de outubro, às 11h na paróquia Armênia Católica, situada na avenida Tiradentes, 718 – Metrô Tiradentes, em São Paulo
O coordenador da Escola Nacional Paulo Freire em São Paulo, Davi Martins, explica que o projeto atua com a formação de agentes populares de saúde, alimentação e educação e foi parte fundamental das iniciativas de solidariedade, companheirismo e fraternidade que permitiu condições mais dignas para pessoas vulneráveis no período da pandemia
O mutirão será realizado de 20 a 22 de março de 2024. De acordo com a coordenação da 6ªSSB, o encerramento no ano que vem possibilitará uma “retomada consistente e unitária das ações, em sintonia com o início do ano pastoral de todas nossas igrejas locais” e também um tempo oportuno para consolidar os processos nos diversos regionais da CNBB
58º Dia Mundial das Comunicações será em 12 de maio de 2024. Mensagem será divulgada em 24 de janeiro, na memória de São Francisco de Sales. Segundo comunicado da Santa Sé, é importante orientar a inteligência artificial e os algoritmos para consciência responsável no uso e no desenvolvimento dessas diferentes formas de comunicação

ARTIGOS DOS BISPOS

Dom Carmo João Rhoden, SCJ
Bispo Emérito de Taubaté- SP

Mensagem dos três textos da liturgia de hoje: Deus não é culpado dos males que nos afligem (1ª. leitura). Ademais, é preciso saber conviver amorosa, fraterna e adultamente, com os outros, uma vez que somos seres sociais: pessoas (2ª. leitura). Jesus condena, veementemente, a falsidade no falar e no agir. Nossa resposta ao bem deve, por isso, ser: sim; e aquela ao mal: não. Assim age o cristão autêntico (Evangelho).

1 – A Jesus ninguém engana. Aliás, Ele não veio salvar os “justos”, mas os pecadores, que aceitam o Evangelho. Deixa claro que os fariseus e escribas não ouviram João Batista, nem a Ele: Jesus. Os publicanos disseram não ao convite de se dirigirem à vinha, para trabalhar, mas depois foram: arrependeram-se. Os doutores da lei, como seus antepassados, do tempo de Ezequiel, permaneceram orgulhosamente autossuficientes. Depois rejeitaram, também, a Jesus (O Messias). Somos livres, mas nos cabe, outrossim, ser responsáveis, justos. Nossa palavra deve, portanto, ser “sim” ao bem e “não” ao mal, sem tergiversação.

2 – Ontem, terminou o mês da Bíblia, não o compromisso de lê-la, estudá-la, para vivê-la melhor. “Ignorar as Escrituras é ignorar Jesus Cristo” (São Jerônimo). Pergunto agora: qual é o valor que damos à Palavra de Deus, em nossas vidas hoje? Além do mais, começou o mês das missões e de Nossa Senhora Aparecida. Ela assumiu sua missão, com amor e perfeição. E nós? É necessário continuar a edificar o Reino de Deus. Isto cabe a nós, hoje, amanhã e sempre.

Dom Lindomar Rocha Mota
Bispo de São Luís de Montes Belos (GO)

Cristo é o único caminho para o Pai, pois a Deus ninguém jamais o viu, a não ser o Filho.

Essa verdade, cimentada nas raízes das Escrituras, materializou-se ao longo da história e se revelou plenamente há pouco mais de dois mil anos, quando o Senhor começou a andar por estas terras.

Caminhos e veredas foram abertos, mas como naquele tempo, ainda hoje, algumas não agradam ao frágil coração humano. Entretanto, não há outra possibilidade, se não a de colocar-se genuflexo diante do Filho e de tudo que Ele revelou. A alternativa a ela é que nos coloquemos, nós mesmos, como os exegetas do Pai; mas essa não parece ser uma escolha promissora.

É uma alternativa contestada pelo profeta Ezequiel quando branda: “Vós andais dizendo: A conduta do Senhor não é correta. Ouvi, vós da casa de Israel: É a minha conduta que não é correta, ou antes é a vossa conduta que não é correta?” (Ez 18,25).

A autoridade que se coloca acima da autoridade de Deus é porta aberta para o pecado, pois o pecado é ter as suas próprias prioridades, e não a Deus como primeiro. Da confissão à ação, entretanto, há um imenso espaço a ser preenchido, e é esse vácuo que pode levar para longe da verdade e do bem.

Jesus, o exegeta do Pai, descreve essa dificuldade na parábola dos dois filhos. Daquele que disse que ia, mas não foi; e daquele que disse que não ia, mas foi (Mt 21,28-30).

O contexto simbólico do dito de Jesus é imediatamente e corretamente interpretado, pois todos sabem quem cumpriu a vontade do Pai, aquele que disse que não ia, mas foi. Entretanto, a continuação do Evangelho nos coloca a todos em alerta, pois a parábola parece ser ilustrativa para algo de muito mais sério e arriscado para a vida. Continua Jesus: “Em verdade vos digo, que os cobradores de impostos e as prostitutas vos precedem no Reino de Deus”. O que nos passa despercebido então? Onde começamos a correr o risco de ficar fora do Reino ou de ser ultrapassados por outros?

A Graça radical de Deus para com o mundo é o que parece ser contestada na narrativa dos fariseus, e também na compreensão difusa, que coloca muitos exegetas não debruçados sobre o peito do Filho. E se o conhecimento que temos de Deus não vem do Filho, vem de outro lugar.

Jesus narra e explica o Pai porque estava em seu seio, participa de sua intimidade. É ela que lhe da autoridade para ser o interprete legítimo [Πατρὸςἐκεῖνος ἐξηγήσατο] (Jo 1,18).

O que desconcerta a alquebrada condição humana não é a capacidade de Deus em punir, mas a de perdoar. O escândalo é quando Jesus mostra que a misericórdia e o perdão são maiores do que as nossas expectativas. Por isso, pede que não nos escandalizemos com Ele. Por outro lado, só se chega à estatura da misericórdia proposta pelo Evangelho quando nos reclinamos sobre o peito de Jesus (Jo 13,25).

O discípulo é quem reclina a cabeça no peito de Jesus. Assim, no Filho nos tornamos filhos e exegetas de Deus. Sem essa familiaridade, dada primeiramente aos apóstolos e aos seus sucessores, surgirão muitos exegetas de si mesmos, cuja autoridade, ainda que ampliada, será desenraizada da verdade e dos mistérios revelados nos Evangelhos. Não surtirá efeito duradouro, pois não resistirão ao escândalo da graça e da misericórdia.

Dom Roberto Francisco Ferreria Paz
Bispo Diocesano de Campos (RJ)

No domingo 1º de outubro votaremos no Distrito Federal e em todos os Estados, em candidatos para escolher os membros dos Conselhos Tutelares previstos no ECA. Um órgão de controle social e garantidor de direitos das famílias, das crianças e adolescentes.

Desenvolve um trabalho de prevenção, de mediação e conciliação em prol do bem comum social, dando orientações, fazendo requisições de alocação de recursos, encaminhamentos de salvaguarda, ou ainda solicitando a presença e intervenção da autoridade pública competente.

Certamente os conselheiros que vamos escolher e votar apresentarão, as qualificações necessárias, bem como a integridade e o espírito público que exige o desempenho deste encargo e missão. Servirão as famílias, fortalecendo-as e empoderando-as para que assumam sua função de célula mater da sociedade. Fornecerão apoio e proteção integral as crianças e adolescentes, visando seu desenvolvimento pleno e bem estar.

Tudo isto está a demandar a nossa responsabilidade e consciência de cidadãos em comparecer às urnas por seis razões: 1. Votar é um direito irrenunciável para quem tenha espírito cívico, 2. Exigir o cumprimento dos direitos das crianças e adolescentes, 3. Proteção contra a violência e a negligência, 4. Construir uma democracia atuante e participativa, 5. A participação popular gera controle social e transparência, 6. Fazer parte da mudança e passar a ser uma comunidade responsável e propositiva.

Termino com uma frase do Servo de Deus Dom Luciano Mendes de Almeida para inspirar o nosso voto: “A Lei (ECA) há de contribuir para a mudança da sociedade brasileira, habituada infelizmente a se omitir diante das injustiças de que são vítimas, as crianças e adolescentes. O respeito à Lei fará que a opressão e o abandono deem lugar à justiça, à solidariedade e ao amor”. Deus seja louvado!

 

 

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