“Querida Amazônia”. É esse o nome escolhido pelo Papa Francisco para a Exortação Apostólica publicada na quarta-feira, 12 de fevereiro. Intitulado “Amazônia: novos caminhos para a Igreja e para uma Ecologia Integral”, o documento tem como pano de fundo o grande apelo à conversão a Jesus Cristo, que se desdobra como conversão integral, pastoral, cultural, ecológica e sinodal.
O bispo da Comissão para a Cultura e a Educação da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom João Justino, explica que é comum que os Papas tomem o relatório final do Sínodo dos Bispos e escrevam uma exortação, que reorganiza as contribuições sinodais com a retomada direta de muitos parágrafos.
Para ele, Francisco inovou. “Ele valorizou, especialmente, o documento final e augurou: ‘Deus queira que toda a Igreja se deixe enriquecer e interpelar por este trabalho, que os pastores, os consagrados, as consagradas e os fiéis-leigos da Amazônia se empenhem na sua aplicação e que, de alguma forma, possa inspirar todas as pessoas de boa vontade’ (QA 4)”, disse o bispo.
Sem citar passagens do Documento Final, dom João Justino disse que o Papa nos convidou à sua leitura. “Essa indicação é preciosa. Pode-se entender que a leitura e o estudo da Exortação Apostólica Pós-sinodal Querida Amazônia requerem a leitura e o estudo do Documento Final do Sínodo. São textos em diálogo”, apontou.
Ainda de acordo com dom João Justino, na Exortação, Francisco quis expressar seus sonhos para a Amazônia. “Na exortação ele apresenta quatro sonhos: o social, o cultural, o ecológico e o eclesial”, diz. Para o bispo, “Querida Amazônia” é uma Exortação para se ler com o coração aberto aos ensinos de Papa Francisco e descobrir que na missão evangelizadora não podem faltar os sonhos. “Sem eles tiramos a força do evangelho de Jesus Cristo”, finaliza.
Confira o artigo do bispo na íntegra: http://www.cnbb.org.br/querida-amazonia-2/