“A Pastoral da Pessoa Idosa responde inteiramente ao apelo urgente do Papa Francisco por uma Igreja em saída”, afirmou o arcebispo de Curitiba (PR) e bispo referencial da Pastoral da Pessoa Idosa na Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom José Antônio Peruzzo. O prelado participa desde quarta-feira, em Roma, do Primeiro Congresso Internacional da Pastoral da Pessoa Idosa, promovido pelo Dicastério para os Leigos, a Família e a Vida, até dia 31, com o tema “A riqueza dos anos”.
Integrante da mesa-redonda com o tema “A Igreja ao lado dos idosos”, dom Peruzzo afirmou que a prática da leitura orante da Palavra faz parte da formação dos voluntários: “É isso que os fortalece e os encoraja a se dedicar com perseverança como discípulos e missionários de Jesus Cristo”.
Na abertura do congresso, o prefeito do Dicastério para os Leigos, a Família e a Vida, cardeal Kevin Farrell, fez uma reflexão a partir da “revolução demográfica” que está afetando o mundo, um daqueles “‘sinais dos tempos’ que não podemos deixar de levar em conta também como Igreja”. O cardeal citou dados os quais projetam que, em 2100, 61% da população mundial será composta por pessoas com mais de 65 anos e que a população idosa já dobrará nos próximos trinta anos.
O encontro tem o intuito de refletir sobre como fazer frente à cultura do descarte das pessoas idosas, sobre seu papel na família e sobre sua vocação peculiar na Igreja. Ao final do encontro, haverá audiência especial com o Papa Francisco. Com mais de 500 participantes, o evento recebe do Brasil a maior delegação.
Ternura
Dom Peruzzo concedeu entrevista ao Vatican News e falou sobre o empenho dos 25 mil agentes da Pastoral da Pessoa Idosa no Brasil. “Os que visitam os idosos mostram a maravilha do sentido da vida que redescobrem ao encontrar os que são considerados sem sentido pela mentalidade consumista”. Sobre o trabalho realizado pela Pastoral e visto como referência para outras experiências ao redor do mundo, dom Peruzzo explica que é uma combinação do Evangelho e da ternura: “Não é possível evangelizar sem ternura, e a ternura é a linguagem primeira para então apresentar Jesus Cristo. São muito mais receptivos todos onde, ao se falar de Deus, o afeto é a grande introdução”.
Ouça a entrevista:
Com informações e mídia de Vatican News, Pastoral Familiar CNBB e Dicastério para os Leigos, a Família e a Vida