O arcebispo de Belo Horizonte (MG) dom Walmor Oliveira Azevedo junto a seus bispos auxiliares apresentaram, dia 17 de outubro, uma carta com orientações e critérios que auxiliam eleitores na definição de seus candidatos, neste segundo turno das Eleições 2018. A carta, com o título “Bem-aventurados os que promovem a paz”, traz 10 princípios que precisam ser analisados antes da votação.
Durante a apresentação, dom Walmor afirmou que a carta “é um convite para que lancemos o nosso olhar sobre a sociedade brasileira, onde estamos vendo extremismos e situações de polarizações. Conforme explicou o Arcebispo, “precisamos reagir à luz de valores e princípios”.
Segundo ele estamos passando por um momento grave e delicado, fato que pede reflexão e oração à luz do Evangelho: “Se a sociedade brasileira não se deixar iluminar, e esta é a grande convocação, por critérios que antecedem a partidarização, corre-se o risco de pensar que alguém, uma pessoa, vai resolver o problema”.
Reafirmando que a Igreja não indica candidatos, dom Walmor ressaltou que “todos os cidadãos e cidadãs têm o direito de fazer suas escolhas e a Igreja trabalha para mostrar os princípios que precisam ser defendidos nesse processo de definição”.
O arcebispo da Arquidiocese de Belo Horizonte reforçou que Igreja não faz campanha política. “Se alguém o faz está na contramão daquilo que de fato a Igreja pensa e faz. A nossa Igreja não faz opção partidária para esse ou aquele candidato. Cada cidadão tem o seu direito e liberdade de fazer sua escolha”.
O religioso lembrou que os bispos e padres também são cidadãos, também vão às urnas votar, mas nenhum pode, em nome da Igreja e como Igreja, demonstrar que é partidário de um ou outro candidato.
Por fim, dom Walmor lembrou do Sermão da Montanha e a sua importância na avaliação das candidaturas: “Se nos reportarmos ao Evangelho de Mateus, para pensar, em vez de nos banharmos em ideologias partidárias, faremos um caminho de qualidade e qualificaremos a nossa cidadania para participarmos dessa reconstrução que o Brasil precisa”.
O arcebispo defendeu que o caminho novo, necessário para a sociedade brasileira, com o seu conjunto de instituições, do qual a Igreja faz parte, é ajudar a população brasileira a ter uma nova consciência cidadã, para recompor o tecido da democracia, da participação e superar todo tipo de intolerância e discriminação.
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