O Serviço de Animação Vocacional (SAV), realizado pela Igreja Católica, deve dar uma atenção especial aos jovens que vivem no mundo das novas tecnologias da comunicação, adaptando sua linguagem e criando novos métodos. Esta é a opinião que o ex-secretário executivo do Departamento das Vocações e Ministérios do Conselho Episcopal Latino-americano (Celam), padre Gilson Maia, defendeu hoje, 6, na conferência que proferiu no 3º Congresso Vocacional do Brasil, em Itaici, município de Indaiatuba (SP).
“O Serviço de Animação Vocacional (SAV) deve oferecer uma atenção especial à ‘Geração Y’, caracterizada pelo uso de avançadas tecnologias de comunicação com novas formas de relações, valores e conceitos. O SAV deve adequar-se às novas linguagens, elaborar novos métodos e usar as modernas tecnologias em vida da evangelização vocacional das novas ‘tribos’’, disse padre Gilson.
O religioso insistiu que toda pessoa batizada deve ser um missionário e que o trabalho de animação vocacional não é exclusivo do SAV. “O serviço na messe não é tarefa exclusiva dos animadores do SAV/PV. A missão é um dom precioso do Senhor, levada adiante por todos os vocacionados e vocacionadas. Neste sentido torna-se fundamental estreitar vínculos e incrementar as relações com os serviços de evangelização presentes na Igreja”, disse.
“Todo discípulo tem DNA missionário. Um discípulo que não missionário, é falso discípulo. Ninguém é missionário sem antes a experiência do discipulado”, acrescentou o padre.
Padre Gilson apontou pelo menos três características que devem marcar o perfil do animador vocacional. A primeira delas é a espiritualidade. “A espiritualidade é a raiz que sustenta e fortalece todos na missão evangelizadora vocacional. A identidade eclesial do SAV/PV é garantida pela fé, fortalecida diariamente pela vida sacramental, testemunhada no meio do povo de Deus e partilhada com a comunidade eclesial”.
Segundo o religioso, a formação também deve caracterizar os que trabalham na animação vocacional. “A formação dos discípulos missionários deve ser integral e permanente”, esclarece padre Gilson.
Outro ponto que, de acordo com o padre, deve marcar a prática dos animadores vocacionais é o planejamento. “O SAV/PV exige articulação e organicidade para que a missão vocacional possa integrar as diferentes forças evangelizadoras presentes nas comunidades”. Para o religioso, juventude, escola, família, catequese devem merecer atenção especial no planejamento do SAV.