Dom Vital Corbellini
Bispo de Marabá (PA)
Esta é uma pergunta que nós deveríamos fazer a todos, seja daqueles que nos governam como também daqueles que cuidam do ensino médio brasileiro nas escolas. É preocupante a realidade brasileira em relação ao ensino médio, segundo os dados últimos divulgados. O fato é que o Brasil é um dos países com maior número de pessoas que não tem diploma de ensino médio. Mais da metade de adultos entre 25 e 64 anos da população brasileira não atingiu este nível de formação, segundo o estudo “Um Olhar sobre a Educação” que foi divulgado pela “Organização para a cooperação e desenvolvimento econômico”. Esta organização, cuja sede está em Paris associa a baixa de nível da escolaridade devido a desigualdade de renda. Isso significa que é preciso que haja mais igualdade de renda entre as pessoas e a sociedade para ter um ensino médio de qualidade para a pessoa, ao mundo e ao próprio Deus Uno e Trino. Um programa que contemple a educação em todos os setores, sobretudo o ensino médio deverá constar nas futuras pessoas que deverão governar o nosso País.
Ultimamente há uma exigência sempre maior para que as pessoas tenham de fato o ensino médio para assim poder ingressar numa fábrica ou ter um emprego, ou mesmo para a ascensão social como afirma o relatório. Outros países tem uma situação pior que o Brasil como a Costa Rica e o México, mas também existem outros países que estão na frente do Brasil em relação ao ensino médio, como a Argentina, Chile e Colômbia, como coloca o relatório. A organização tem presentes o fato daqueles que não completam o ensino médio possuírem dificuldades no mercado de trabalho com menores salários, e também nas competências cognitivas, como a atenção e memória inferiores daqueles e daquelas que possuem a formação do ensino médio. É importante perceber que existem pessoas, autoridades trabalhando para que estes índices melhorem sempre mais. O relatório reconhece que o acesso ao ensino superior vem crescendo no Brasil, mas é preciso reforçar o ensino médio de jovens e de pessoas adultas tanto para a profissionalização como também poderem ter acesso ao ensino universitário. O fato é que o Brasil deve investir mais na educação e que as verbas possam ter o seu devido destino para melhor qualificar os professores, dar condições de dignidade nas escolas, que os alunos possam ser qualificados seja na cidade como no campo. A questão é o desvio desses meios de modo que a educação de jovens e de adultos fique prejudicada. Como Igreja católica e pessoas que acreditam no Senhor Jesus Cristo não podemos ficar alheios diante desta situação que exige que nós apoiemos a educação para termos pessoas que trabalham bem na família, na comunidade, na sociedade e assim todos glorifiquem o Reino de Deus, o Deus Uno e Trino.
