Dom Carmo João Rhoden
Bispo Emérito de Taubaté (SP)
Texto referencial: “é permanecendo firmes, que ireis ganhar à vida”. (Lc 21.19)
33º Domingo do Tempo Comum. 01/11/25 (Lc 21,5-19)
Não são poucos os que temem o fim das coisas, do mundo. São os tanatófilos: eles o temem e chegam até a sentir pavor. Não adianta temer, nem amaldiçoar. Jesus, nunca falou claro e concretamente do fim. Aliás, deixou claro – isso sim, que somente o Pai o saberia. Repito: nosso Deus que é Pai, não costuma dar sustos ou incutir medo. Ele, quer que amemos, creiamos e façamos o bem, sem olhar para quem. Quer conversão, o quanto antes. Em Marcos 1.15, Jesus diz: “cumpriu-se o tempo e o reino de Deus está próximo arrependei-vos e crede no evangelho”.
Não adianta, fazer turismo religioso no Vaticano ou ao Vaticano, nem percorrer lugares onde Jesus passou na Terra Santa. O que adianta é segui-lo, como discípulo e não basta, admirar templos. É necessário viver o Evangelho, sendo solidários e fraternos, cuidando de idosos, visitando doentes, indo ao encontro dos necessitados, fazendo crescer ou aumentar os limites do reino de Deus, ou seja, realizarmos as bem-aventuranças.
Guerras, revoluções, chacinas sempre ouve e infelizmente sempre haverá. Basta olhar para a história e concretamente para a Ucrânia, na Palestina e certos países da África. Infelizmente, há também os que precisam morrer, porque seguem Jesus Cristo. De resto não se fala já em nova era (New Age) que o tempo de Cristo já passou. Afirma-se até, que é preciso formar um só governo para o mundo e uma única Igreja para os que desejam crer. Ainda bem que as rédeas do mundo estão nas mãos do Pai todo poderoso, mas que prefere ser invocado como Pai todo misericordioso. O problema infelizmente está entre os filhos gananciosos e as vezes um tanto revoltados: nós!
Jesus apenas pede “constância na vida pela vivência do discipulado”. (Cf. Lc 19,10
