56ª Assembleia Geral da CNBB

Dom Paulo Mendes Peixoto
Arcebispo de Uberaba (MG)

São dez dias de encontro fraterno, todos os anos, entre os mais de trezentos bispos do Episcopado Brasileiro, da chamada Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). Estamos já caminhando para o final, num clima chuvoso em Aparecida, favorecendo um ambiente saudável e propício para a realização do evento. Não estamos experimentando o calor dos outros anos.

Apesar do clima conflitivo dos últimos tempos na cultura brasileira, das críticas e afrontas à ação da Igreja e da CNBB, a condução da Assembleia está tranquila. Não temos neste ano a presença do Secretário Geral, Dom Leonardo Ulrich Steiner, por proibição médica. A função está sendo feita por Dom Esmeraldo Barreto de Farias, na condição de secretário “ad hoc”.

O tema central é a formação sacerdotal dentro do contexto das novas realidades, numa tentativa de colocar em prática, no momento da sociedade, as Diretrizes emanadas da Santa Sé, a Ratio Fundamentalis. Estamos trabalhando um texto, preparado por uma equipe criada para esse fim, e apresentado com antecedência para que todos os bispos dessem suas apreciações.

Certamente vamos sair da Assembleia levando mais um documento oficial, de cor azul, agora sobre a formação dos futuros sacerdotes, com regras seguras para os nossos Seminários. Isso significa avanço no processo formativo, dando aos formadores um melhor instrumento e condições para uma formação mais segura e adequada para os enfrentamentos pastorais da nova cultura.

Muitos outros temas são acenados na Assembleia, revelando a preocupação dos bispos com as situações mais urgentes do momento. E são muitas, revelando a riqueza dos envolvimentos da Igreja na sua missão de evangelizar. Um tema do momento é o ano eleitoral, porque teremos que escolher novo Presidente da República, Senadores, Deputados e Governadores dos Estados.

A grande evidência da Assembleia é a convivência entre os bispos. Mesmo com pensamentos divergentes, a unidade é a marca principal. Não somos divididos, porque nossos objetivos são a evangelização, o anúncio do Evangelho nos diversos contextos do território nacional. Cada bispo tem seus desafios próprios, suas dificuldades, mas todos confiantes na ação do Espírito Santo.

Tags:

leia também