A Igreja no Brasil vivencia nesses dias o seu 5º Congresso Missionário Nacional. O evento teve início na noite da última sexta-feira, 10 de novembro, em Manaus (AM), com a missa presidida pelo arcebispo de Porto Alegre (RS) e presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom Jaime Spengler.
A organização do congresso contabilizou no início do evento 800 participantes, os quais foram acolhidos pelo arcebispo de Manaus, cardeal Leonardo Ulrich Steiner. As atividades seguem até quarta-feira, 15 de novembro.
Missionários e missionárias
Em sua homilia na missa de abertura, dom Jaime Spengler refletiu sobre a passagem do Evangelho e fez referências ao tema “Ide! Da Igreja local aos confins do mundo” e ao lema “Corações ardentes, pés a caminho”. Para ele, os batizados sãos enviados para anunciar o Evangelho a todos. “O ser discípulos de Jesus nos torna missionários e missionárias”, insistiu.
Segundo o arcebispo, “quando o coração arde, os pés ganham asas, o amor por Cristo consome quem se sente tocado, atingido, amado, que decide formar outros”. Ele enfatizou que a Igreja não vende um produto, mas têm uma vida divina para anunciar, testemunhando a Jesus “que nos amou primeiro”.
Mensagem do Papa
Durante a celebração, foi lida a mensagem do Papa Francisco enviada para o Congresso Missionário. O pontífice desejou que as Igrejas locais do “imenso Brasil, com o coração ardente pela paixão de evangelizar, ponham os pés a caminho, proclamando alegremente a todos os povos o Cristo Ressuscitado”. E pediu que não deixem “esmorecer o ardor” experimentado durante o evento.
O Papa também saudou as dioceses brasileiras que assumem o mandato missionário com a missão além fronteiras. “Quantos belo testemunhos de missionários e missionárias que, partindo dessa querida nação, anunciam a Boa nova em outros países, em outras culturas!”.
Francisco recordou de forma especial a Amazônia, sempre presente em suas oração e em seu coração. “A fé cristã chegou a essas terras como fruto do ardor missionário de homens e mulheres destemidos”. Leia a mensagem na íntegra.
Atividades
Entre as principais atividades de cada dia estão os painéis temáticos, momentos de aprofundamento das temáticas missionárias. Os participantes também experimentam a acolhida nas paróquias e nas famílias de Manaus, catequeses com os bispos e atrações culturais.
No domingo, 12, foi realizada a Romaria dos Mártires da Amazônia, que contou com a participação das comunidades, áreas missionárias e paróquias da arquidiocese de Manaus. O momento recordou quem assumiu as consequências da profecia, sendo um momento para agradecer a Deus por seu compromisso missionário.
A missa da Romaria foi celebrada no mesmo local onde São João Paulo II celebrou a missa em sua visita a Manaus, em 1980. Presidiu a Eucaristia o bispo de Rondonópolis-Guiratinga (MT) e presidente da Comissão Episcopal para a Ação Missionária e a Cooperação Intereclesial da CNBB, dom Maurício Silva Jardim. Refletindo sobre as leituras apresentadas na Liturgia, ele salientou que “nossas sedes não se reduzem à sede de água e de coisas materiais, mas temos sede de infinito, de transcendência, de interioridade, de beleza”. Uma sede, que citando o cardeal Tolentino, “mostra-se no desejo de ser amado, olhado, cuidado e reconhecido”, que afirma que “a dor de nossa sede é a dor de nossa vulnerabilidade”.
Com informações e fotos das Pontifícias Obras Missionárias