Elevada aos altares no dia 13 de outubro no Vaticano, Santa Dulce dos Pobres esteve no centro da celebração dos 67 anos da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), na manhã desta segunda-feira, 14 de outubro, na sede da entidade em Brasília (DF).
A celebração foi presidida pelo bispo auxiliar do Rio de Janeiro e secretário-geral da CNBB, dom Joel Portella Amado e concelebrada pelos padres que integram diferentes serviços à entidade. Colaboradores da Edições CNBB e que atuam na sede participaram da celebração.
Uma relíquia de Santa Dulce dos Pobres pertencente à paróquia São Francisco de Assis, da Ceilândia Sul, foi entronizada durante a procissão de entrada junto aos celebrantes. O secretário-geral acolheu o grupo e agradeceu em nome dos presidentes da entidade.
O religioso enfatizou, em sua homilia, que a CNBB nasceu de um sonho de criar a comunhão e a unidade entre o episcopado brasileiro. Próxima a completar sete décadas de serviço à Igreja e ao Brasil, dom Joel disse que quem tem fé procura olhar para a história da entidade buscando compreender como Deus agiu, por meio das pessoas, ao longo deste tempo. Em referência ao aniversário da CNBB, dom Joel disse que são 67 anos em que o Brasil e o mundo mudaram. Ao longo deste tempo, segundo o religioso, mudaram também as compreensões de solidariedade, da justiça e da caridade.
Agradecimentos – O secretário-geral disse ter estado no domingo 13 de outubro na sala do palácio São Joaquim, sede da arquidiocese do Rio de Janeiro (RJ), onde a CNBB foi instalada em 1952. Nesta sala, ele contou que em seu íntimo agradeceu a Deus que se fez presente no meio de nós por meio de dom Hélder Câmara, por seu sonho de comunhão e serviço que deu origem à CNBB.
Dom Joel disse que a CNBB é um pouco de cada um de nós, não apenas os presidentes e secretários-gerais que se revezaram ao longo do tempo para fazer cumprir sua missão mas também cada um que deixou aqui seu sorriso e suas lágrimas.
Refletindo o Evangelho do dia, dom Joel disse que a causa da CNBB é a causa da Santa Dulce dos Pobres: “o trabalho pelo pequeno, pelo pobre e pelo abandonado”, disse. Dom Joel disse que cada um de nós faz a pergunta: “como você, Dulce, viveu isso?”. Em sua avaliação, ela tinha uma certeza e uma confiança. A certeza de que amar a Deus se traduzia no amor aos pobres e sofridos.
Dom Joel disse que irmã Dulce não pensava como ia resolver as coisas. Primeiro ela acolhia e depois resolvia o que fazer. “Santa Dulce dos Pobres não foi displicente, foi confiante no amor aos pobres e a Deus”, disse.