Dom Carmo João Rhoden
Bispo Emérito de Taubaté (SP)
7º Domingo do tempo comum (Lc6,27-38).
Introdução: análise do texto, para torná-lo, mais fácil para meditação e vivência.
Sublinho dois versículos:
A) Sede misericordiosos, como vosso Pai Celeste é misericordioso (Lc 6,36).
B) Tudo o que quiserdes, que os outros vos façam, fazei-o vós antes, a eles (Lc 6,31).
1. No presente texto, Jesus continua apresentando, condições para o discipulado seu e exigências, para a pertença ao reino do Pai (Abbá). Ele (Jesus) não veio apenas, para ensinar que Deus é bom, nem somente, para levar os homens para a Igreja, mas para torná-los, mais irmãos e irmãs, para instaurar o Reino de Deus. Não veio, portanto, para colocar, apenas, remendos, mas para transformar tudo, a partir de dentro: do coração.
1.1. Defendeu os direitos do Pai, mas ao mesmo tempo, os dos filhos, ou seja, dos irmãos.
1.2. Deixou claro que não basta sermos justos (justiça). É preciso transformar-nos, tornando-nos discípulos, santos e missionários do amor e do bem. O amor é a essência do cristianismo (1Jo 4,8.16).
1.3. Aboliu a lei de Talião, substituindo-a, com lei Áurea: fazer antes aos outros, o que deles desejamos.
2. Quis nossa convivência, paradisíaca, ou ao menos fraternal e não infernal.
2.1. Por isso, mandou orar até pelos inimigos, bendizendo os que nos maldizem e perdoando-lhes as culpas.
3. Defendeu os direitos Divinos, sem esquecer os humanos, lembrando nossos direitos, sem nunca olvidar nossos deveres.
4. Quis o verdadeiro culto a Deus, a vivência da fraternidade entre os homens e o cultivo da natureza, muitas vezes, maltratada. Esta pode viver, sem nós, porém, nós não, sem ela, pois é nossa casa comum (Papa Francisco). Jesus conseguiu fazer, a melhor síntese da vida, tornando nossa convivência, bem viável.
5. Nunca, afirmou ser fácil, o projeto da realização nossa. Por isso, eu lembro que Ele (Jesus) fez oblação de sua vida por amor de nós. Não só ensinou o amor, mas deu o melhor exemplo da sua realização.