Montes Claros comemora seu ano jubilar. São cem anos de Diocese (10 como Arquidiocese), a serem completados no dia 10 de dezembro de 2010. Esta Igreja Particular foi criada com o decreto do Papa São Pio X. Louvores são dados a Deus porque “Memoráveis são as suas maravilhas” (Salmo 110, 4)! Muitos eventos especiais estão programados para a mesma: missões paroquiais, encontro das Comunidades Eclesiais de Base (CEBs) do Estado de Minas em julho desse ano, encontro nacional da Comissão da Pastoral da Terra (CPT), reciclagem do clero da Província, boletins informativos e textos para reuniões, revista comemorativa…

Conforme o Concílio Vaticano II, Maria, a Mãe de Deus, é também Mãe da Igreja. Ele usa as palavras de Santo Agostinho: “Mas ao mesmo tempo está unida, na estirpe de Adão, com todos os homens a serem salvos. Mais ainda: ‘é verdadeiramente a Mãe dos membros (de Cristo)… porque cooperou pela caridade para que na Igreja nascessem os fiéis que são os membros desta Cabeça’”. No próprio ensinamento do Papa Paulo VI, “Maria na Santa Igreja ocupa o lugar mais alto depois de Cristo e o mais perto de nós”.

Como bendita entre todas as mulheres, Maria reconhece as maravilhas de Deus realizadas nela e todas as gerações a proclamarão feliz (Cf. Lc 1, 39-56). Ela tem missão ímpar no plano da salvação de Deus para a humanidade. A Igreja instituída por seu Filho tem os meios necessários à salvação dos seres humanos, devendo levar a luz dele para todos os povos.

A nossa Arquidiocese tem como titular Maria Mãe da Igreja. Nesse ano centenário sua figura nos é imensamente necessária e grata para melhor nos mergulharmos no processo salvífico de Cristo. Ela nos aponta o caminho, que é o próprio Jesus. Com ela nos inspirando, assumimos a missão continuada de levarmos a Boa-Nova a todos, com a fé transformadora da vida pessoal e social. Ela “é saudada também como membro supereminente e de todo singular da Igreja, como seu tipo e modelo excelente na fé e caridade” (Lumen Gentium, 54, do Concílio Vat. II). Por isso, ela vai nos levando, com seu exemplo e intercessão, à prática da fé e do amor. Nós a temos como mãe amantíssima (Cf. Lumen Gentium, 54).

As devoções populares a Maria nos enriquecem de modo singular quando as realizamos com o sentido cristológico e eclesial, ou seja, com ela aprendemos, aceitamos, praticamos e anunciamos o Evangelho em união e sentido de pertença à Igreja. Unidos, em torno de Maria, encontramos o Cristo que ela nos deu e o levamos ao semelhante, para que todos tenham sua vida plena. Tornamo-nos verdadeiros discípulos missionários do Senhor.

Com Maria, aprendemos a corresponder à graça de Deus, superando nossos limites para vivermos no amor de Deus. Executamos, então, o projeto dele. Fazemos da vida a construção da justiça misericordiosa do seu Reino. Respeitamos e promovemos a vida digna para todos.

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