Dos quase 3 mil inscritos para o 12º Encontro Intereclesial das Comunidades Eclesiais de Base (CEBs), em Porto Velho (RO), pelo menos 100 vêm das comunidades indígenas, representando 38 povos de todo o país. Eles já estão reunidos desde sábado, 18, na cidade sede do encontro, com assessoria do Conselho Missionário Indigenista de Rondônia (CIMI-RO), para preparar sua participação no Intereclesial.
Segundo a Irmã Emília Altini, do CIMI de Rondônia, os indígenas são um verdadeiro exemplo de CEBs, dada sua forma de viver. “Os indígenas, na sua maneira de viver, são o primeiro exemplo de CEB porque vivem a partilha, discutem seus problemas, têm seus rituais e sua crença”, esclarece.
A primeira participação dos indígenas será na celebração de abertura, na terça-feira, 21, às 19h, na praça Madeira Mamoré. “Caberá aos indígenas dar o toque da flauta convocando os participantes do Intereclesial para iniciar a celebração de abertura do encontro”, explica a Irmã Emília. Em outros três momentos da celebração haverá o toque da flauta: após a acolhida, antes da proclamação das leituras bíblicas e na ação de graças.
Ainda nesta cerimônia, serão apresentados os vários povos que participam do encontro das CEBs. Os primeiros a serem anunciados serão os indígenas que entrarão tocando o maracá (instrumento parecido com o chocalho).
Na quarta-feira, 22, a oração da manhã será no rito indígena. A cerimônia começará às 7:30h, no Sesi, que durante o evento está sendo chamado pelos participantes de “Porto”. Neste mesmo dia, os povos indígenas participam da Caminhada dos Mártires durante a qual lembrarão os indígenas mártires. Já no Sábado, 25, eles participam da celebração inter-religiosa, às 7:30h, também no Sesi.
