O sinal dos pregos e da lança

Tomé não queria ver Jesus, queria ver o sinal dos pregos, o sinal da lança, o sinal do seu imenso amor por ele. Somente ao ver as suas chagas explodiu na mais alta profissão de fé que a Escritura nos lembra: “Meu Senhor e meu Deus”.

No Ano Sacerdotal lançado por Bento XVI em memória de São João Maria Vianney pela santificação dos sacerdotes, estourou o escândalo na Igreja da Irlanda. O Papa escreveu uma Carta dramática aos católicos irlandeses, a mídia internacional ficou atacando o mesmo Papa.

Esta coincidência é como uma alerta de Deus, aliás, é uma graça. As graças nem sempre são dons alegres das quais comprazer-se: são também as provações que nos desafiam, e que nos fazem reencontrar as razões da nossa fé.

Será que a Igreja vai ressuscitar com as suas feridas? Vai mostrá-las com glória e serão para os outros causa de alegria? Talvez sim, se nas chagas da Igreja procuramos ver as chagas de Jesus e as transformemos em amor: um hino de louvor á misericórdia divina, ao seu amor.

Sim, aconteceram vários crimes, mas este fracasso nos impulsiona para uma vida nova, para um compromisso de amor maior, para um serviço humilde e generoso, para uma pureza de vida mais autêntica, para uma transparência cristalina.

Sem medo e com a consciência que a calúnia e a hostilidade devem tornar-nos mais fiéis a Cristo, para testemunhá-lo com todas as pessoas que encontrarmos, desejo uma Feliz Ressurreição.

Dom Salvador Paruzzo

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