Igreja Católica e Estado Cubano celebram 75 anos de relações diplomáticas ininterruptas

Em visita a Cuba, o secretário das relações com os Estados do Vaticano, dom Dominique Mamberti, expressou nesta quarta-feira, dia 16, sua satisfação pelas novas medidas adotas pelo governo Raúl Castro em relação aos presos políticos, após os diálogos iniciados com a Igreja Católica. Governo Cubano e Igreja celebraram também, nesta quinta-feira, 75 anos de relações diplomáticas ininterruptas. Os laços foram estabelecidos em 7 de junho de 1935.

Durante uma coletiva de imprensa em Havana, o secretário, ladeado pelo ministro das Relações Exteriores de Cuba, Bruno Rodríguez Parrila, declarou que o “diálogo é muito importante e já se veem frutos”. O arcebispo fez votos de que o diálogo se fortaleça com sua visita, recordando que um dos maiores objetivos da diplomacia da Santa Sé é favorecer o diálogo entre as Igrejas locais e as autoridades dos distintos países.

O ministro das Relações Exteriores cubano, por sua vez, afirmou que a comunicação entre o Governo e a Igreja Católica é fruída, profunda e construtiva” e fez votos de que a visita de dom Dominique sirva para “fortalecer” o diálogo entre as duas instituições. Ele também destacou a existência de “todas as condições para que continuem estes frutíferos intercâmbios, em plena observância da Constituição cubana e de nossas leis, que asseguram plena liberdade religiosa”.

Durante as negociações entre o presidente cubano e o arcebispo de Havana, cardeal Jaime Ortega, foram anunciadas, nas últimas semanas, a libertação do dissidente Ariel Sigler, por motivos de saúde, e a transferência de outros doze detidos a presídios próximos de suas residências.

O representante vaticano iniciou no dia 15, uma viagem de cinco dias à Ilha, para participar da 10ª Semana Social Católica, que teve início hoje.

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