Missão e gestão

Quando as pessoas procuram a Igreja tudo o que esperam encontrar num pastor é Deus e o seu amor. Esse é o serviço evangelizador primordial dos pastores. Vinculada à formação específica dos pastores encontra-se a dimensão administrativa, econômica e patrimonial da Igreja, porquanto se incumbem da gerência dos bens materiais que o povo de Deus lhe confia. Nesse intuito, a Arquidiocese da Paraíba realizou na Capital o II Congresso de Gestão Eclesial (de 11 a 15 de janeiro).

O evento envolveu pastores e fiéis leigos, leigas, responsabilizados pela ação evangelizadora e pastoral da Igreja. A presença significativa de leigos é uma prova de que a sua efetiva colaboração voluntária faz a diferença para melhor. São homens e mulheres, jovens e veteranos, que assumem para valer o compromisso cristão. Sentem-se úteis valorizando a vida das pessoas, promovendo a união nas famílias, oferecendo-se para construir a sociedade. Ai de nós se não fosse a presença atuante dos leigos.

Não se trata de dar uma mãozinha ao padre da paróquia, mas de assumir a índole humanitária e o caráter cristão nos compromissos que são exigentes. Tal como os Direitos Humanos devem ser defendidos e respeitados, os deveres que lhes são inerentes incumbem a todos. Assim acontece com a administração dos bens espirituais e com o gerenciamento dos bens materiais. São patrimônios do povo e não apenas são bens da Igreja ou do interesse particular de um pastor.

A gestão eclesial assemelha-se à gestão de uma família ou à gestão de uma empresa, importando no cultivo de valores éticos referenciais. A gestão passa por planejamentos, busca de recursos de manutenção e melhoramento, previsão orçamentária, equidade e equilíbrio entre receitas e despesas, controle, avaliação, prospecção… A produção de riquezas transforma-se em oportunidades para as pessoas e para as famílias crescerem em qualidade e dignidade de vida.

Fazendo-se serva da caridade cristã, a Igreja poderá traduzir suas iniciativas gerenciais pautadas pelos critérios do empreendedorismo e do associativismo. A gestão moderna investe nos recursos humanos, técnicos e financeiros. O primeiro investimento é na qualificação de pessoas. A Igreja poderá desempenhar bons programas de inserção social seguindo os novos parâmetros, priorizando a formação dos pastores e dos leigos. O maior patrimônio que a humanidade tem é a vida dos seres humanos.

A Doutrina Social da Igreja orienta-se pela inserção das pessoas nas realidades sociais, de tal forma que o Evangelho se impregne nas relações humanas e sociais, com o objetivo de edificar uma sociedade justa, fraterna e solidária.

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