Dom Eurico dos Santos Veloso
Arcebispo emérito de Juiz de Fora (MG)
“O Senhor quis macerá-lo com sofrimentos. Oferecendo sua vida em expiação, ele terá descendência duradoura, e fará cumprir com êxito a vontade do Senhor.” (cf. Is 53,10)
Hoje, Sexta-Feira da Paixão do Senhor, celebramos o Primeiro Dia do Tríduo da Páscoa, tendo a Ação Litúrgica como o ápice deste dia, a qual rememoramos a Morte de Nosso Senhor Jesus Cristo. “O Cristo obedeceu até a morte, humilhou-se e obedeceu o bom Jesus, humilhou-se e obedeceu, sereno e forte, humilhou-se e obedeceu até a cruz” (Aclamação ao Evangelho – Ação Litúrgica).
Dividida em três partes, a Ação Litúrgica, celebra: na da Liturgia da Palavra, retrata Jesus Cristo como o Verdadeiro Cordeiro Imolado, o Servo Sofredor que realiza a sua missão de libertar o povo dos pecados e torná-los agradável a Deus, pois “a verdade é que ele tomava sobre si nossas enfermidades e sofria, ele mesmo, nossas dores; e nós pensávamos fosse um chagado, golpeado por Deus e humilhado! Mas ele foi ferido por causa de nossos pecados, esmagado por causa de nossos crimes; a punição a ele imposta era o preço da nossa paz, e suas feridas, o preço da nossa cura. Todos nós vagávamos como ovelhas desgarradas, cada qual seguindo seu caminho; e o Senhor fez recair sobre ele o pecado de todos nós” (cf. Is 53,4-6).
Na Adoração da Cruz, exaltamos o símbolo que ceifou o Cordeiro Imolado e que trouxe a nossa libertação, onde tal dualidade reforça o nosso compromisso de verdadeiros merecedores da entrega de Jesus Cristo em expiação de nossos pecados: “Eis o lenho da Cruz, do qual pendeu a salvação do mundo”.
E por fim, o Rito da Comunhão, “comungamos com Jesus, nosso Cordeiro. Ele se sacrificou voluntariamente para liberta-nos do pecado; neste convite pascal nos dá a força para passarmos da morte do pecado à alegria da ressurreição” (Missal Dominical – Missal da Assembleia Cristão).
Que a Ação Litúrgica nos inspire, a cada vez mais, a ir ao encontro dos frutos da Paixão e Morte de Jesus Cristo, mistério da Páscoa, que é a nossa Salvação e, confiantes, clamemos: “Deus Santo, Deus forte, Deus imortal, tende piedade de nós!”
Saudações em Cristo!
