Dom Eurico dos Santos Veloso
Arcebispo Emérito de Juiz de Fora (MG)

 

“Beijo Teus cravos, Tuas mãos que apagam o castigo do mal. Beijo Tua ferida que curou a ferida do meu coração¹”

Como tradição em nossas comunidades, a noite da Sexta-feira da Paixão é marcada com a meditação do Descimento de Jesus Cristo da Cruz, através da veneração do Seu Corpo Imolado. Entretanto, este não é o último ato da Paixão de Jesus Cristo, pois a Cruz vazia demonstra que ali não é o fim, mas o meio para a concretização da Salvação.

 “O encontro com a cruz, que se toca e se leva, transforma-se num encontro interior com Aquele que na cruz morreu por nós” (Papa Emérito Bento XVI), por isto a importância da meditação do Descimento da Cruz, pois “a meditação sobre a paixão e morte de Jesus deve ter uma única conclusão: fazer na vida de cada dia aquilo que ele fez” (Missal Dominical – Missal da Assembleia Cristão).

“A fonte do Amor Imortal, a fonte do Amor sem fim¹”, continua perpetuamente em nossas vidas, pois o exemplo da superação da Cruz foi nos dado pelo próprio Jesus Cristo. Por isto, insistir em superar as nossas próprias chagas e dores é, exclusivamente, por AMOR àquele que superou todos os sofrimentos e humilhações para que este AMOR fosse alcançado por nós.

Que ao celebrarmos a morte de Jesus Cristo, tenhamos a certeza da Ressurreição que já aponta como a aurora do Novo Dia, pois “o véu de tristeza, que envolve a Igreja pela morte e a sepultura do Senhor, será rasgado pelo grito da vitória: Cristo ressuscitou e derrotou para sempre a morte! Então poderíamos compreender verdadeiramente o mistério da Cruz”. (Papa Emérito Bento XVI).

 

“Oh, Belíssimo Esposo

Mais belo que todos os homens

Santo, santo és Tu

Belíssimo Esposo

Esconde-me em Teu lado aberto

Em tua chaga de amor, de amor¹”

Saudações em Cristo!

 

¹ “Belíssimo Esposo” – Comunidade Católica Shalom

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