Celam traça horizonte de trabalho para os Jubileus 2025 e 2031 com conferências da América Latina e Caribe

O Jubileu 2025 e o Jubileu 2031 estão no radar do Conselho Episcopal Latinoamericano e Caribenho (Celam) e, por isso, na quarta, 27 de setembro, foi realizado um encontro com representantes das Conferências Episcopais da América Latina e do Caribe para retomar o horizonte de trabalho de ambos os acontecimentos da Igreja Universal. 

Representando a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), participaram o bispo auxiliar de Brasília e secretário-geral da CNBB, dom Ricardo Hoepers, o subsecretário adjunto geral, padre Patriky Samuel Batista, e o subsecretário adjunto de Pastoral, padre Jânison de Sá. 

Também participou dom Rino Fisichella, pró-prefeito da Seção para as questões fundamentais da Evangelização no mundo do Dicastério para a Evangelização, que fez uma explicação detalhada das atividades previstas para o Jubileu 2025 – Ano Santo .

O prelado destacou que todos são chamados a oferecer sinais concretos de esperança desde seus países.  Ele apontou que o Santo Padre, em sua carta com o motivo da preparação do Jubileu 2025, mencionou que deveria dar a conhecer aos jovens o Concílio Vaticano II. “Isso tem sido uma constante para a vida da Igreja, por isso o Papa Francisco deseja que os temas contidos nas quatro constituições do Concílio Vaticano II: Dei Verbum, Lumen gentium, Gaudium et spes y Sacrosanctum concilium, possam ser redescobertas”, indicou.

Itinerário de 2023

Dom Fisichella explicou que para celebrar o Jubileu 2025 foram criadas pequenas informações informativas sobre a revelação, a tradição. Ele recebeu apoio da Conferência Episcopal Mexicana para a tradução deste material. “E não apenas se realizará este ano, mas durante todo este tempo se seguirá preparando subsídios para tornar conhecido o Concílio Vaticano II”, disse.

O representante do Vaticano explicou nestes últimos meses de 2023 serão organizadas, em todo mundo, pequenas comissões para operar esses programas propostos para o Ano Santo e que está prestes a lançar um aplicativo para emitir “Tarjetas do Peregrino”. “Durante a segunda semana de outubro deste ano, vai sair este aplicativo para que todos os peregrinos em Roma possam se inscrever e obter a tarjeta com a qual poderá acessar serviços, descontos e pacotes de viagem”, afirmou.

2024, escola de oração

O pró-prefeito da Seção para as questões fundamentais da evangelização do Vaticano informou que 2024 será o Ano da Oração. “Apresentamos vários subsídios que serão socializados com as Conferências Episcopais do Mundo”, assinalou. Serão promovidas escolas de oração e, mensalmente, o Sumo Pontífice convidará a todos a um gesto: escola hospitalar, família, paróquias, por exemplo, para orarmos juntos.

O bispo convidou a conhecer o calendário de eventos publicado na página web do Jubileu 2025 (aqui) e deixou claro que todas as atividades “estarão articuladas com as Jornadas Mundiais propostas pela Santa Sé: comunicações, enfermos, migrantes e pobres.

Foi convocado a todas as dioceses, arquidioceses e vicariatos do mundo a celebrar o mesmo evento em suas jurisdições como símbolo da unidade de toda a Igreja com o Santo Padre. O representante da Santa Sé agradeceu a todas as Conferências Episcopais da América Latina e do Caribe presentes na reunião, seu apoio e disposição.

Sobre o Jubileu Guadalupano, em 2031

O padre David Jasso, secretário técnico do Episcopado Mexicano, explicou que desde a visita de Francisco em 2016 ao México e em atenção à sua petição de lançar um itinerário espiritual e evangelizador “sério e qualificado”, o bispos do país organizaram uma rota em 2031, o Jubileu Guadalupano.

 

Os bispos mexicanos tiveram a ideia de celebrar o Jubileu Guadalupano e o Papa impulsionou o desejo. O desejo do Santo Padre, é fazer um caminho para contemplar a realidade e renovar o esforço para fazer presente o Reino de Deus nas situações concretas, cumprindo o mandato da “Morenita del Tepeyac” de construir uma casa onde os pobres e humildes sejam os primeiros na Igreja.

A intenção – detalhou Jasso – é que o caminho promova um reencontro com Deus através de Maria, mas não só da Guadalupana, mas com todas as padroeiras do mundo, “de tal maneira que se possa fazer uma peregrinação desde nossos próprios santuários, entendendo assim a conexão que está em nosso continente e no nível mundial”, ressaltou. 

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