Hospital: Santuário da vida, da acessibilidade e construção universal da saúde integral

Dom Roberto Francisco Ferreria Paz
Bispo de Campos (RJ)

O Dia mundial do hospital é celebrado no dia 14 de julho, data criada pela OMS para homenagear aos profissionais da saúde, e lembrar os objetivos fundamentais de tal instituição qual sejam : cura e recuperação da saúde dos pacientes, apoiar a prevenção de doenças, educação dos profissionais da saúde e a pesquisa científica na área da saúde.

Poderíamos acrescentar a humanização e o resgate da inteireza e integralidade da pessoa humana, como homo curans, saúdavel e equilibrado em suas quatro dimensões : corporal, mental, espiritual e ambiental. No Brasil se comemora 02 de julho data da inauguração da Santa Casa de Misericórdia, efeméride criada pelo então presidente Getúlio Vargas.

O nome de hospital faz referência a hospitalidade (do latim hospitalis) virtude cristã e humana de ser acolhedor, bom anfitrião. Suas origens se remontam ao Ceilão em 431 a.C. como lugar de atendimento e recuperação dos enfermos no atual Sri Lanka, mais adiante os romanos criaram os chamados “valetudinarium” pelo ano100 a.C destinados ao feridos na guerra.

Mas será no século IV da nossa era que surge em torno aos mosteiros ou mesmo dentro, o mais semelhante com a instituição moderna, servindo de abrigo, amparo, lugar de cura e cuidado para viajantes, peregrinos, pobres e estrangeiros.

No Brasil os primeiros hospitais na forma histórica de Santas Casas de Misericórdia foram os de Pernambuco 1540 que não vigorou, Santos 1548 fundado por Braz Cubas, e Rio de Janeiro 1582, na falta inicial de médicos, foram atendidos por religiosos especialmente os jesuítas que tinham bom conhecimento medicinal e farmacêutico.

Os hospitais hoje ainda em grande parte no nosso país pertencentes a rede particular, apresentam grandes desafios e também pontos de estrangulamento, superlotação e escassez de leitos, dificuldades na aquisição de equipamentos e tecnologia de ponta, acompanhamento dos pacientes, concentração regional, nas cidades litorâneas e no sudeste,finalmente a humanização e integralidade do atendimento fica as vezes a dever.

Junto a este quadro de certas carências notamos hospitais de excelência, médicos e profissionais da saúde bem formados e atualizados, e uma consciência cada vez mais apurada da população em torno como diz a ONU a accebilidade e integralidade da saúde, o que constitui um sinal de esperança e renovação.

A Pastoral da Saúde homenageia a todos os servidores e profissionais da saúde e tratará sempre de ser nestas instituições essenciais para vida uma presença humanizadora e samaritana. Deus seja louvado!

 

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