O bispo da diocese de Marília (SP), dom Luiz Antonio Cipolini, divulgou uma nota sobre o falecimento do bispo emérito da diocese de Marília, dom Osvaldo Giuntini, na tarde deste dia 1º de dezembro. Dom Osvaldo, 89 anos de idade, seguia internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), dom Hospital Beneficente do Hospital de Marília (HBU), em Marília, desde o último dia 13 de novembro.
O funeral ocorrerá na Catedral Basílica de São Bento Abade com previsão para o início da noite deste dia 1° dezembro. Mais detalhes serão divulgados nos canais oficiais da diocese. A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) enviou uma Nota de Condolência ao bispo de Marília, aos familiares e amigos de dom Osvaldo.
Nota de Condolência da CNBB
Estimado irmão, Dom Luiz Antonio Cipolini
Recebemos, com pesar, a notícia do falecimento de nosso irmão Dom Osvaldo Giuntini, que por mais de 38 anos anos serviu à Igreja Particular de Marília (SP) como Pastor dedicado e zeloso pela missão da Igreja e o cuidado pastoral de seu povo.
Dom Osvaldo, como expressa o seu próprio lema episcopal, “Dou-vos a minha vida” (Vitam meam do vobis), doou a sua vida à Igrejas particulares no Regional Sul 1 de nossa Conferência. Dentre os momentos importantes na diocese de Marília, durante seu bispado, está a inauguração do novo prédio do seminário diocesano São Pio X, em 1º de maio de 1996, e a revisão ampla da Pastoral, a partir da qual surgiram propostas para a Ação Evangelizadora das comunidades, pastorais, movimentos e associações.
Confiantes na esperança cheia de imortalidade, unimo-nos em prece a Dom Luiz Antonio Cipolini, aos familiares e a todo Povo de Deus da diocese de Marília e pedimos a Deus que dê a Dom Osvaldo o descanso eterno.
Em Cristo,
Dom Jaime Cardeal Spengler
Arcebispo de Porto Alegre (RS)
Presidente da CNBB
Dom João Justino de Medeiros Silva
Arcebispo de Goiânia (GO)
Primeiro Vice-Presidente da CNBB
Dom Paulo Jackson Nóbrega de Sousa
Arcebispo de Olinda e Recife (PE)
Segundo Vice-Presidente da CNBB
Dom Ricardo Hoepers
Bispo Auxiliar de Brasília (DF)
Secretário-geral da CNBB
Trajetória de Dom Osvaldo Giuntini
Dom Osvaldo Giuntini nasceu em São Paulo, em 24 de outubro de 1936, e cursou o 1º e o 2º graus na capital paulista e em São Roque, no Seminário Metropolitano Imaculado Coração de Maria. De 1956 a 1963 estudou filosofia e teologia no Seminário Central da Imaculada Conceição, no Ipiranga, e na Faculdade de Teologia Nossa Senhora da Assunção.
A vocação de Dom Osvaldo teve início quando criança, no primeiro ano da escola. Sendo de família religiosa, depois de fazer a primeira comunhão e de ser orientado para a prática religiosa, sentiu o chamado de Deus, por volta de 1947. “Terminei a quarta série do primário e pedi ao meu pároco, da Paróquia São José de Belém, em São Paulo, que me orientasse para ingressar no seminário”, declarou Dom Osvaldo.
Sua ordenação sacerdotal ocorreu em 8 de dezembro de 1963. O ministério foi exercido primeiramente na capital paulista e, em seguida, foi pároco das cidades de Salto e Itu. Após a criação da diocese de Jundiaí, Dom Osvaldo foi nomeado pároco da Catedral de Nossa Senhora do Desterro, chanceler do bispado e, posteriormente, Vigário Geral da diocese.
Em 1975, o Papa Paulo VI concedeu-lhe o título de Monsenhor. Seis anos depois, Dom Osvaldo foi para Roma com o objetivo de fazer um curso de atualização em Direito Matrimonial.
No ano seguinte, em 1982, o então Monsenhor recebeu a nomeação de bispo auxiliar. A sagração episcopal ocorreu em Jundiaí, no dia 12 de setembro do mesmo ano. O lema escolhido para o seu episcopado foi “Dou-vos a minha vida” (Vitam meam do vobis). Dom Osvaldo veio a Marília como bispo auxiliar do então bispo diocesano, Dom Frei Daniel Tomasella, e assumiu as visitas pastorais e a coordenação da pastoral diocesana.
Dom Osvaldo Giuntini permaneceu por cinco anos como bispo auxiliar. Em 1987, a pedido de Dom Frei Daniel, Dom Osvaldo foi nomeado bispo coadjutor, com direito à sucessão.
Cinco anos depois, em decorrência da renúncia do bispo diocesano, Dom Osvaldo tomou posse como bispo da diocese de Marília, em 9 de dezembro de 1992. Como bispo diocesano, Dom Osvaldo deu continuidade às iniciativas anteriores, tendo a assessoria dos diversos conselhos diocesanos.
Dentre os momentos importantes da diocese, durante seu bispado, está a inauguração do novo prédio do Seminário Diocesano São Pio X, em 1º de maio de 1996, e a Revisão Ampla da Pastoral na diocese, a partir da qual surgiram propostas para a Ação Evangelizadora das comunidades, pastorais, movimentos e associações.
Outro momento importante que motivou a diocese e todos os cristãos foi a celebração dos 2.000 anos do nascimento de Jesus Cristo e a comemoração do Jubileu de Ouro da Diocese de Marília.
Aos 8 de maio de 2013, o Papa Francisco aceitou a renúncia de Dom Osvaldo para o governo da Diocese de Marília em conformidade com o cânon 401§ 1º do Código de Direito Canônico, passando a ser Bispo Emérito.
