“A chave principal da Semana Missionária é conhecer Jesus Cristo”, afirma dom Severino

Ao proclamar o Ano Nacional do Laicato, celebrado de 26 de novembro de 2017, Solenidade de Cristo Rei, à 25 de novembro de 2018, a Igreja no Brasil convocou os cristãos leigos e leigas a testemunhar, pela vida e ação concreta, Jesus Cristo em outros ambientes, fora dos espaços das Igrejas. Não é à toa que o tema escolhido para animar a mística do Ano do Laicato foi “Cristãos Leigos e Leigas, sujeitos na ‘Igreja a saída’, a serviço do reino” e o lema “Sal da Terra e Luz do Mundo”. 

Desde então, para celebrar a presença e a organização dos cristãos leigos e leigas no Brasil e aprofundar sua identidade, vocação e espiritualidade, a Comissão para o Laicato da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), presidida pelo bispo de Caçador (SC), dom Severino Clasen propôs, por meio de um projeto, uma série de atividades e orientações metodológicas de como as dioceses, paróquias, prelazias podem preparar e celebrar o Ano em suas comunidades.

Uma dessas atividades é a Semana Missionária “Igreja em Saída”, cuja proposta é exatamente levar fé e testemunho cristão, em outros ambientes em que as pessoas não conheçam o Evangelho. A ideia é que de 22 a 29 de julho, paróquias, dioceses e comunidades reflitam sobre o “serviço cristão ao mundo”, vendo a cada dia um espaço de ação dos cristãos leigos: família e mundo do trabalho; política e políticas públicas; comunicação e educação; cultura e casa comum; superação da violência e cultura de paz.

Dom Severino Clasen, presidente da Comissão para o Laicato afirma que a iniciativa é uma tentativa de fazer com que os cristãos leigos não só permaneçam dentro das igrejas, mas também para que levem o Evangelho para fora dela: “É muito fácil ser missionário dentro de uma Igreja quando normalmente nós temos as pessoas que sempre vêm para a Igreja”. O bispo reitera que é importante considerar a todos, especialmente os que foram batizados e não estão vivendo o batismo e os que não estão ligados à vida eclesial.

Desse modo, de acordo com ele, a Semana Missionária nasce dentro da perspectiva que o papa Francisco vem insistindo: a de ser uma “Igreja em Saída” e assumir um novo jeito de anunciar Jesus Cristo na sociedade. “A chave principal da Semana é conhecer Jesus Cristo, uma tentativa de mostrar quem é Jesus de Nazaré, viver a sua mensagem, viver o Evangelho e testemunhar através de ações concretas para poder aderir o espírito que Ele veio anunciar”, reafirma o bispo.

Subsídio para a Semana Missionária “Igreja em Saída”

Como realizar? A Comissão para o Laicato elaborou juntamente com a Associação Santas Missões Populares (ASMP) um subsídio para que as comunidades realizem da melhor forma possível a Semana Missionária em suas dioceses, paróquias, prelazias. A proposta é que ela tenha um estilo ecumênico, aberto aos grandes desafios da sociedade, do povo, da humanidade e que seja vivida como retiro espiritual popular, combinando silêncio, oração, animação, partilhas e visitas.

A cada dia da semana de 22 a 29 de julho, por exemplo, é proposta uma mensagem de Jesus, tirada do seu Evangelho. Há também uma referência explícita a um assunto indicado pela Comissão nas orações, nas visitas, nas celebrações. No subsídio, é possível identificar também propostas de conteúdos e atividades para serem desenvolvidas durante a Semana.

Como forma de incentivo, dom Severino Clasen aconselha às pessoas a usarem as redes sociais para despertar nos cristãos o desejo e o gosto de participar da Semana Missionária. “Não é preciso ter multidões, mas você pode ser uma parcela, um tijolo na construção para que essa Semana Missionária tenha um entusiasmo grande, para que ela seja positiva, de autêntica evangelização”, afirma. O bispo convida a todos a participar: “Participe dos momentos de oração, de reflexão para que você possa também estar imbuído, feliz, livre e possa fazer parte dessa grande missão”, finaliza.

O subsídio está disponível no site da Edições CNBB.

 

Tags:

leia também