Está perto a festa da vitória, do amor e da vida, o surgimento de “coisas novas” relacionadas com o tempo pascal. Será tempo de mais partilha, mais justiça e menos idolatria do dinheiro, do lucro, da cobiça, da ganância, da ambição, da destruição e da morte.
A Páscoa revela a ternura de Deus num mundo onde reina a justiça e os seus valores. Onde não podeis servir a dois senhores, ou a Deus, ou ao dinheiro, conforme está anunciado no lema da Campanha da Fraternidade deste ano.
A ternura de Deus é qualificada como perdão e misericórdia. Ele acolhe a mulher flagrada em delito de adultério. O seu princípio não é o julgamento condenatório e legalista. Nem sempre quem condena é perfeito. É também pecador.
Ser misericordioso é realizar algo novo e estranho aos olhos do novo mundo. É a prática dos legados da Páscoa, capaz de realizar a alegria do coração acolhedor, alegria pascal, daquele que realmente conhece e vive a Palavra de Jesus Cristo.
Toda essa realidade será vivenciada na Semana Santa, particularmente no Tríduo Pascal. A Quinta-Feira Santa, a Sexta-Feira Santa e o Sábado Santo são os dias privilegiados na vida dos cristãos. Tempo de silêncio e recolhimento.
É no Tríduo Pascal que acontece o ponto mais alto da obra salvadora de Jesus Cristo. Ele institui a Eucaristia, o Sacerdócio e inaugura o Mandamento novo do Amor, lavando os pés dos discípulos, morre na cruz e, ao terceiro dia, ressuscita.
No Sábado Santo Jesus está na sepultura. É como a semente que está para nascer. É a hora do silêncio, da espera do surgimento da vida, agora vida nova. Com isto, o passado fica apagado. É a prática do perdão, daquilo que aconteceu com a mulher adúltera.
Deus olha para nós com profunda compaixão. Ele desaprova as infidelidades, os orgulhos do coração e se compadece daqueles que aceitam a misericórdia. Uma experiência de amor pode mudar completamente a vida das pessoas. É a ternura de Deus com seu povo.