Dom José Gislon
Administrador Apostólico da Diocese de Erexim
Estimados Diocesanos! Neste ano, na Igreja, nos preparamos para celebrar o Mês Missionário Extraordinário. Ele ressalta que missão faz parte da vida do cristão e da Igreja comunidade de fé. Sem ela, a Igreja deixa de viver o mandato de Cristo: “Ide pelo mundo inteiro, proclamai o Evangelho a toda criatura” (Mc 16,15).
Esta missão do anúncio é assumida com amor e generosidade por muitos leigos e leigas em nossas comunidades. Por isso, quero manifestar, neste Mês Vocacional, minha gratidão aos leigos e leigas que participam ativamente na Igreja comunidade de fé. Em outras palavras, participam da Igreja, povo de Deus, assumindo, pelo testemunho do amor serviço, os vários ministérios que dão vida e identidade de fé às comunidades.
O documento 105 da CNBB, que reflete sobre a participação dos “Cristãos leigos e leigas na Igreja e na sociedade”, no nº 11 diz: “Como cristãos, somos chamados a viver como discípulos de Jesus Cristo em nosso dia a dia. A partir da sua vocação especifica, os cristãos leigos e leigas vivem o seguimento de Jesus na família, na comunidade eclesial, no trabalho profissional, na multiforme participação na sociedade civil, colaborando assim na construção de uma sociedade justa, solidária e pacífica, que seja sinal do Reino de Deus inaugurado por Jesus de Nazaré”.
Essa colaboração está aberta a todos e envolve desde os coroinhas que ajudam nas missas, os adolescentes, os jovens e todos aqueles e aquelas que atuam nas pastorais, as catequistas, zeladoras de capelinhas, membros dos conselhos e coordenadores dos movimentos e outros. Quanto mais os leigos estiverem inseridos e forem atuantes na Igreja, mais ela viverá a sua missão no mundo.
Estamos vivendo um momento da história e na vida da Igreja em que precisamos romper com alguns paradigmas. Um deles é pensar que a “missão” é de responsabilidade apenas dos padres, dos religiosos, das religiosas e não dos leigos. A participação dos leigos e leigas na ação missionária pode dar um novo impulso ao trabalho de evangelização. Os jovens poderão ser os grandes protagonistas da ação evangelizadora da Igreja neste terceiro milênio, através de um “sim” generoso a Deus, como fez Maria de Nazaré.