Conhecida como a Comissão 8 da CNBB, a Comissão Episcopal Pastoral para a Ação Social Transformadora está em um constante processo de renovação sem contudo perder sua essência: ser um instrumento de transformação da realidade à luz da palavra de Deus e das Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora (DGAE) na promoção da pessoa e da comunidade, para que se tornem protagonistas, promotoras e defensoras da vida.
Na reunião do Conselho Permanente da CNBB em junho deste ano, os bispos, após um longo processo de reflexão e debate, decidiram mudar o nome de Comissão Episcopal Pastoral para o Serviço da Caridade, da Justiça e da Paz para Comissão Episcopal Pastoral para a Ação Social Transformadora. Segundo dom Guilherme Werlang, bispo de Ipameri (GO) e presidente da Comissão, questões como a confusão criada pela semelhança do nome da comissão com várias instâncias que se ocupam com os temas de justiça e paz justificaram a mudança.
A comissão tem um conjunto de prioridades para o Triênio 2016-2019: 1ª prioridade – Ecologia Integral, dentro da qual estão as ações: a) retomar o Projeto Popular para o Brasil; b) Concretizando as lutas pelos três “T”: terra/territórios, teto e trabalho. A segunda prioridade trata-se de um Programa de Formação das Pastorais Sociais, Organismos e Setor de Mobilidade Humana. A 3ª prioridade se ocupa da articulação e comunicação entre o conjunto da comissão e outras forças sociais dentro da própria e Igreja e fora dela.
Pastorais Sociais, Mobilidade e Organismos
A Comissão abriga três grandes campos de ação. Um deles é o das Pastorais Sociais cujo objetivo é ser presença solidária da Igreja junto às pessoas e situações onde a dignidade e a vida são negadas ou ameaçadas. De acordo com dom Guilherme Werlang, seguindo o caminho de Cristo, estas pastorais expressam o amor preferencial de Deus pelos mais humildes e pobres.
Outro importante campo é o Setor da Mobilidade Humana que abriga um conjunto de ações que tratam do fenômeno do deslocamento da população em busca de uma vida digna. Entre elas, as pastorais dos Refugiados, Migrações, Rodoviária, Turismo e dos Nômades e o Apostolado do Mar e outras.
Inspirado pelas palavras de João Paulo II: “O ser humano e o respeito dos seus direitos sejam colocados no centro dos fenômenos da mobilidade”, o setor assume como missão: “acolher os irmãos e as irmãs em mobilidade, respeitando sua dignidade, defendendo seus direitos e promovendo a integração social e a interculturalidade, incentivados pelas palavras de João Paulo II: “O ser humano e o respeito dos seus direitos sejam colocados no centro dos fenômenos da mobilidade”.
Organismos que tem um trabalho de forte impacto social, como a Comissão Pastoral da Terra, que anualmente produz um relatório com o mapeamento dos conflitos em função da terra e da água, a Cáritas Brasileira e a Pastoral da Criança, entre outros, também são abrigados nesta comissão.
Membros:
Dom Guilherme Antônio Werlang – presidente
Dom Canísio Klaus
Dom José Valdeci Santos Mendes
Dom André de Witte
Dom Milton Kenan Júnior
Dom Luiz Gonzaga Fechio
Frei Olávio José Dotto – Assessor
Irmã Claudina Scpini – Secretária do Setor de Mobilidade Humana