“As pequenas comunidades não estão mortas, pelo contrário, estão muito vivas e atuantes”, explicou o responsável pelo 12º Intereclesial das Comunidades Eclesiais de Base (CEBs) e arcebispo de Porto Velho (RO), dom Moacyr Grechi, no oitavo dia de coletivas de imprensa da 47ª Assembleia Geral da CNBB, em Itaici, município de Indaiatuba (SP).
O Intereclesial acontecerá na cidade de Porto Velho, entre os dias 21 e 25 de julho, e deverá contar com a participação de aproximadamente 3 mil delegados enviados das mais de 80 mil CEBs, espalhadas em todo o Brasil. Está é a primeira vez que uma região amazônica receberá o evento.
“Este encontro é a oportunidade de colocarmos em pauta os temas voltados à sociedade da Amazônia, suas diversidades culturais, passando por comunidades indígenas, dentre outros. Há uma série de fatores importantes que devemos discutir neste 12º Intereclesial”, explica dom Moacyr.
Para o responsável nacional pelas Comunidades Eclesiais de Base, dom Adriano Ciocca, o Intereclesial deverá discutir assuntos importantes para a elaboração de novas políticas agrícolas no Brasil. “O 12º Intereclesial deverá tratar de vários assuntos, e um deles, particularmente, deverá chamar a atenção social, pois se trata de políticas agrícolas na região amazônica. Vemos uma mudança de atitude do povo desta região. Os pais estão passando as terras aos seus filhos, e esses novos proprietários, veem com pensamentos modernos a sua condição de sustento, preservando o natural por meio do desenvolvimento sustentável, pois sabem que dela [natureza] vem o sustento de suas famílias. Creio que futuramente essas atitudes deverão ser decisivas na preservação da Amazônia”,disse dom Adriano.
Em relação à iniciação cristã dentro das comunidades do norte brasileiro, um dos temas que serão tratados no encontro em Roraima, dom Adriano explica que “está progredindo significativamente a evangelização das pequenas comunidades. Elas são muito importantes, pois são como átomos, ou seja, são as menores parcelas onde a Igreja está inserida. É a partir desta evangelização que conseguimos levar a palavra de Deus cada vez mais a parcelas de comunidades, até alcançarmos uma parcela maior. Por isso, a importância deste debate e de muitos outros no 12º Intereclesial”.
