Aparecida, 15 anos depois: Cardeal Orani recorda a retomada do método ver-julgar-agir

Em 2007, durante a V Conferência Geral do Episcopado da América Latina e do Caribe, estava entre os delegados brasileiros o então arcebispo de Belém (PA), dom Orani João Tempesta. Agora, 15 anos depois, ele é arcebispo da arquidiocese do Rio de Janeiro (RJ) e membro do Colégio Cardinalício. O cardeal Tempesta comenta sobre a retomada do método ver-julgar-agir, após seu enfraquecimento nos anos seguintes a Santo Domingo.

O método ver-julgar-agir é utilizado nas reflexões sobre a realidade, especialmente na Igreja na América Latina. A retomada na V Conferência do Episcopado Latino-Americano ocorre depois do enfraquecimento na Conferência de Santo Domingo, na República Dominicana, em 1992.

Nas conclusões da IV Conferência, há a constatação de uma acolhida com “um misto de preocupação e esperança”. A razão da preocupação, era justamente “por ter uma visão muito eclesiocêntrica e por ter abandonado a metodologia clássica da pastoral latino-americana do ver-julgar-agir”.

Ao retomar o método, segundo observa dom Orani, o Documento de Aparecida “deu uma conotação muito importante” ao mesmo. A retomada trouxe “um alento e um enxergar melhor como fazer” a evangelização.

“Nós somos chamados a ver de um certo lugar e, justamente, antes de começar o método ver-julgar e agir, no documento de Aparecida, nós falamos de Jesus Cristo, nós passamos a ver com os olhos de Cristo, como cristãos. Nós somos cristãos, passamos a ver o mundo à luz do Evangelho. Por causa desse ver essa realidade com os olhos de Cristo é que nós podemos justamente passar a ações cada vez mais transformadoras que nos coloca cada vez melhor junto ao povo de Deus”.

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