Articulação de entidades favoreceu estrutura e funcionamento da Assembleia Regional do Cone Sul

A Assembleia Regional do Cone Sul, na etapa continental do Sínodo, realizada em Brasília (DF), desde o dia 6 até hoje, 10, proporcionou a experiência de unidade e sinodalidade entre os participantes. Mas esse espírito tem sido desde a preparação do evento. As equipes de trabalho do Conselho Episcopal Latino Americano e Caribenho (Celam), da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e da Casa Dom Luciano uniram-se e trocaram experiências para o sucesso do evento.

Padre Pedro Brassesco, subsecretário adjunto do Celam | Foto: Fabrício Preto

O subsecretário adjunto do Celam, padre Pedro Brassesco, conta que a entidade continental dos bispos iniciou a preparação assim que foi encarregada da organização da etapa continental pela Secretaria do Sínodo. Depois de escolhidas as sedes das assembleias regionais, teve início o trabalho conjunto no qual o Celam, a partir das instruções da Secretaria Geral do Sínodo, indicou o esquema geral, as formas de financiamento, a estrutura do encontro, enquanto com a sede local, nesse caso a CNBB, tratou das possibilidades de organização logística, de comunicação, entre outras.

“O trabalho entre o Celam, a equipe que organiza a fase continental e a CNBB tem sido uma experiência muito frutífera, que tem permitido trabalhar de maneira conjunta, irmanada, para poder levar adiante esse encontro e que fosse uma verdadeira experiência de fé, uma verdadeira experiência de encontro sinodal como pudemos comprovar aqui em Brasília”, afirmou padre Pedro.

Infraestrutura

O subsecretário adjunto-geral da CNBB, padre Patriky Samuel Batista, sublinha que a assembleia do Cone Sul reúne quase 250 pessoas, entre participantes e equipe de trabalho. E que a CNBB e a Casa Dom Luciano oferecem o apoio das equipes de infraestrutura, alimentação, secretaria, imprensa, tecnologia da informação e limpeza, somando mais de 50 pessoas envolvidas.

“A nossa participação enquanto Conferência foi oferecer toda a estrutura física, a infraestrutura e logística de traslado aqui no Brasil. Nas reuniões que tivemos, o processo também aconteceu de forma sinodal. Aquilo que nos foi solicitado, a gente conseguiu oferecer, e para a Casa Dom Luciano foi um momento singular que marca também um novo tempo, o grande evento inaugural que nós tivemos na casa foi essa encontro da Assembleia Sinodal”, partilhou.

 

Espiritualidade

Irmã Eliane Cordeiro | Foto Fabrício Preto

Também no campo da espiritualidade o encontro pôde contar com um trabalho conjunto. A Confederação Latino Americana de Religiosos e Religiosas (CLAR) foi a responsável por articular essa dimensão, e contou aqui no Brasil com o apoio da Conferência dos Religiosos do Brasil (CRB). A presidente da entidade, irmã Eliane Cordeiro, conta que foram realizadas várias reuniões on-line para planejar junto com os referenciais dos cinco países as ações e ambientes para os momentos de oração, “respeitando sempre a diversidade das culturas, as distintas realidades”.

“Foi uma experiência muito positiva. Cada referencial organizou o seu grupo e as liturgias foram belíssimas, valeu a pena esse caminho. Deu um pouquinho de trabalho para a articulação, mas o resultado foi positivo, muito enriquecedor, muito criativo e muito encarnadas as liturgias, os cantos, o que nos ajudou a rezar e a desejar cada vez mais viver de forma comprometida o nosso seguimento a Jesus e o serviço aos pobres.

Comunicação

O serviço de comunicação da Assembleia Regional do Cone Sul integrou cinco fontes de trabalho. Coordenada pelo Centro para a Comunicação do Celam, com dois membros presencialmente no evento – o coordenador, Oscar Elizalde, e o padre Luís Miguel Modino – e a equipe remota, em Bogotá, na Colômbia, a redação articulou: a equipe da Assessoria de Comunicação da CNBB, com quatro jornalistas e o produtor audiovisual; o assessor de imprensa da Conferência Episcopal da Argentina, padre Máximo Ariel Jurcinovic; o assessor de comunicação das Pontifícias Obras Missionárias, Fabrício Preto; e a equipe de Comunicação da CRB Nacional, com irmã Neusa Santos e o jornalista André Bernardino.

Oscar Elizalde, coordenador do Centro para a Comunicação do Celam | Foto Fabrício Preto

Oscar Elizalde destaca o desafio do Centro para a Comunicação do Celam em trabalhar de forma sinodal, valorizando as experiências de cada local onde são realizadas as assembleias, “sem levar tudo pronto para dizer o que tem que ser feito”.

“Nós estamos também na escuta do que tem sido as melhores experiências de cada região. No Brasil, a CNBB tem uma grande experiência e uma trajetória muito ampla na cobertura dos eventos e para nós tem sido uma aprendizagem trabalhar com a CNBB, mas também fazendo outras parcerias, como por exemplo a Comunicação da Conferência dos Religiosos do Brasil, a Comunicação das POM e também eu daria muito destaque com os meios católicos, que têm sido grandes aliados e parceiros nessa cobertura”, avaliou Elizalde.

 

Para ele, “o balanço é muito positivo” e foi oportunidade para compreender melhor qual que pode ser o verdadeiro serviço que deve fazer o Centro para Comunicação do Celam. “Não é um serviço para trazer tudo já pronto, precisamos de um trabalho mais colaborativo, circular, como é o jeito do trabalho do sínodo”.

Durante a Assembleia Regional do Cone Sul, também ofereceram suporte e apoio as Pontifícias Obras Missionárias e o Centro Cultural Missionário (CCM).

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