O teólogo Benedito Ferraro afirmou, nesta quarta-feira, 22, que as Comunidades Eclesiais de Base são o “jeito normal de ser Igreja”. Desde que foram fundadas, as CEBs se identificam como “novo jeito de ser Igreja”. A nova expressão, segundo Ferraro, foi cunhada por dom Pedro Casaldáliga, grande defensor das CEBs.
“O modo normal de ser igreja é a ligação da fé com a vida”, disse o teólogo durante a coletiva de imprensa organizada pela assessoria do 12º Encontro Intereclesial das CEBs, aberto ontem na capital de Rondônia. “Por isso, as CEBs são o jeito normal de ser Igreja”, afirmou, referindo-se à participação das CEBs nas lutas sociais e políticas da sociedade.
“Voltamos nosso olhar para o que é fundamental na vida das CEBs, isto é, o enraizamento desta dimensão fundamental de nossa fé em Jesus de Nazaré, com uma fundamentação bíblica que aponta para a libertação em todas as dimensões: política, econômica, ecológica e litúrgica”, acentuou o teólogo, que é assessor nacional das CEBs.
Segundo Ferraro, o compromisso social é a grande novidade das CEBs, reforçada pela inserção na luta política pela libertação dos pobres e excluídos. A raiz deste compromisso, de acordo com o teólogo, está no livro do Êxodo, nos profetas e em Jesus de Nazaré. “É isto que vivemos no intereclesial: uma nova forma de viver a missão”, frisou.
Em relação à Amazônia, Ferraro acredita que o grande desafio para a missão seja garantir vida para todos. “Não basta pensar na Amazônia como terra de missão com missionários de fora. O desafio é descobrir como buscar vida digna para todas as pessoas e a natureza na Amazônia. Este é o enfoque principal do encontro Intereclesial das CEBs”, considerou.
								
														
								