A Comissão Episcopal Pastoral para Animação Bíblico-Catequética da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) esteve em 2020, dentro do espírito do plano de Pastoral de Conjunto, promovendo a ação catequética, o aprofundamento doutrinal e a reflexão teológica.
Confira, abaixo, alguma ações realizadas:
Especialização em Pedagogia Catequética
A Comissão com o apoio da Coordenação de Pós-Graduação Lato Sensu, em convênio com a Diocese de Goiás, oferece o curso de Especialização em Pedagogia Catequética, com o intuito de formar especialistas para todas as regiões do Brasil. O curso, ministrado há mais de 15 anos, é voltado para catequistas, presbíteros e religiosos na área da catequese.
Com os objetivos de incentivar a pesquisa e a produção catequética, fortalecer a caminhada da catequese e capacitar e qualificar catequistas, coordenadores e assessores, o curso ocorre sempre em módulos de aulas presenciais, em janeiro e julho, com dez dias intensivos de aula. Desta vez, realizado de 07 a 15 de janeiro, houve o terceiro módulo da 13ª turma.
Durante o período, os alunos tiveram aulas de Mistagogia com dom Eugênio Rixen; Introdução ao Segundo Testamento: Bíblia II e Metodologia da Pesquisa Científica com o professor Hebert Vieira; Iniciação à Vida Cristã com o assessor nacional da Comissão para a Animação Bíblico-Catequética, padre Jânison de Sá Santos, e Introdução ao Primeiro Testamento: Bíblia I com a irmã Maria Aparecida Barboza.
O curso promove a articulação e a organização da catequese em todos os níveis, além de dinamizar a missão evangelizadora da Igreja. “Durante todos esses anos fomos melhorando a programação, nos adequando, nos adaptando às grandes e novas orientações da catequese no Brasil, principalmente na linha da Iniciação à Vida Cristã”, aponta dom Eugênio Rixen.
Padre Jânison de Sá Santos, assessor da Comissão para a Animação Bíblico-Catequética da CNBB, que ministrou uma aula sobre “Iniciação à Vida Cristã” no curso, fez questão de enfatizar que as Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil (2019-2023) coloca a Iniciação à Vida Cristã como um dos pilares fundamentais. “A Iniciação à Vida Cristã é a transformação radical do cristão para participação no mistério pascal de Cristo, realizado com a mediação da Palavra que leva a fé, mediante os sacramentos do Batismo, da Confirmação e da Eucaristia”, disse.
O assessor explicou aos alunos sobre a história da Iniciação à Vida Cristã a partir dos primeiros séculos da Igreja até os dias atuais, com ênfase no período pós Conciliar e nos Documentos Eclesiais. “A partir daí fomos delineando a importância da Iniciação à Vida Cristã na Igreja, na formação. Vimos também como deve ser feita a Iniciação à Vida Cristã em nossas paróquias e comunidades”, acrescentou.
6ª Semana Catequética
Padre Jânison de Sá Santos, assessor da Comissão Episcopal Pastoral para a Animação Bíblico-Catequética da CNBB, conduziu as reflexões das duas principais conferências da 6ª Semana Catequética, da Escola de Pastoral Catequética da arquidiocese de Fortaleza. A iniciativa integra a comemoração do jubileu da Escola e foi realizada de 10 a 14 de fevereiro, com o tema “Catequese de Iniciação à Vida Cristã: Formadora de Discípulos-Missionários em Comunidade”.
As conferências têm as temáticas “A Catequese a Serviço da Iniciação à Vida Cristã” e “Discípulos-Missionários em Comunidade”. “Está sendo muito interessante a formação, a participação dos catequistas. Este é um momento fundamental para a formação, para o crescimento da fé do catequista, educador na fé. Aqui temos muitos catequistas preparados, bem formados, participantes efetivamente das escolas catequéticas”, disse.
Elenir Pereira, uma das coordenadoras da Escola de Pastoral Catequética, disse que a ESPAC vem acompanhando todas as exigências e a nova realidade da Igreja e das Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja (DGAE). “Oferecer uma formação sistemática integral em todas as dimensões necessárias para a formação dos catequistas é a nossa missão”, enfatizou.
Ao longo da semana, os 230 Catequistas inscritos fizeram parte de dois grupos de reflexão que abordaram temas específicos da Iniciação à Vida Cristã. Foram seis grupos de reflexão com os seguintes temas: O Ministério do Introdutor e o Anúncio Querigmático; Roteiro Iniciático com Pais e Padrinhos; Iluminação-Purificação à Luz de Mc 10, 46-52; A Dimensão Mistagógica da Iniciação à Vida Cristã; Dimensão Missionária da Iniciação à Vida Cristã; A Palavra de Deus na Iniciação à Vida Cristã.
A proposta foi fortalecer a catequese de Iniciação à Vida Cristã com inspiração catecumenal, tendo em vista o anúncio e o testemunho do Evangelho em comunidade, na construção do Reino de Deus. “Esperamos que essa 6ª Semana Catequética anime os catequistas a seguirem firmes na missão de educar na fé e fazer da catequese um caminho para o discipulado. Que a Escola de Pastoral Catequética – ESPAC se fortaleça a cada dia para prosseguir, enfrentando os desafios e abrindo Caminhos para uma Catequese Missionária e comprometida com a Evangelização, na Igreja e na sociedade”, afirmou a equipe organizadora.
Itinerário Catequético
A equipe de elaboração do itinerário catequético “Iniciação à Vida Cristã – um processo de inspiração catecumenal” esteve reunida na sede da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), em Brasília (DF), com o objetivo de atualizar e revisar o texto. O itinerário foi feito em 2014 para a Pastoral Bíblico-Catequética. O trabalho durou três anos e reuniu pessoas com formação e prática na área bíblico-catequética e envolveu os bispos referenciais e as coordenações regionais das Comissões para a Animação Bíblico-Catequética.
Trata-se de um itinerário que apresenta orientações para um caminho possível a ser feito em todas as realidades do território nacional, bem como oferece indicações que possibilitem a concretização de uma verdadeira Iniciação à Vida Cristã. “É um texto muito importante que norteou a produção dos materiais, subsídios de catequese nas dioceses e nas diferentes regiões”, afirma o assessor nacional da Comissão para a Animação Bíblico-Catequética da CNBB, padre Jânison de Sá.
A proposta de revisar o texto surgiu com a necessidade de estar em sintonia com as atuais Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil (DGAE) e com os objetivos do Documento 107 da CNBB que trata sobre a “Iniciação à Vida Cristã: itinerário para formar discípulos missionários”, aprovado na 55ª Assembleia Geral da CNBB. “A partir disso, nós convocamos a equipe que elaborou o texto em 2014 para esta revisão e atualização”, explicou o padre Jânison.
Encontro com coordenadores e referenciais da Animação Bíblico-Catequética
Na quinta-feira, dia 05, no Centro Cultural Missionário (CCM), em Brasília (DF), aconteceu a reunião da Comissão com os bispos referenciais e coordenadores da Animação Bíblico-Catequética dos regionais da entidade.
Segundo o assessor nacional da Comissão, padre Jânison de Sá, o encontro ocorre anualmente e é uma oportunidade que os regionais tem de se esforçarem junto às dioceses para colocarem em prática os projetos de evangelização e catequese que são discutidos em âmbito nacional.
Padre Jânison também afirmou que o momento foi importante para partilhar experiências. “Eles nos enriquecem com o trabalho realizado, com as experiências vividas em cada realidade, em cada região pastoral e, ao mesmo tempo, refletimos, discutimos, estudamos e tomamos decisões para trabalharmos durante o ano”, contou.
Na programação, os participantes tiveram contato com temas diversificados, como é o caso do “Ministério do Catequista”, que contará com a colaboração do padre Márcio Martins Rosa, coordenador da Comissão para a Animação Bíblico-Catequética do regional sul 4 da CNBB.
As experiências de fé das novas gerações bem como os desafios, limites e possibilidades também foi um dos assuntos abordados no encontro. Os participantes puderam assistir a um vídeo do jornalista e doutor em ciências da comunicação, Moisés Sbardelotto, sobre bíblia e catequese na cultura digital e a uma palestra com a assessora de Comunicação da CNBB, Manuela Castro, sobre as possibilidades de comunicação no mundo da fé hoje.
“Aqui vamos olhar os desafios que se apresentam na realidade em que vivemos. Como tornar a Palavra de Deus o centro inspirador e, ao mesmo tempo, a grande referência da nossa evangelização. Tudo isso requer novos paradigmas. Se faltar profundidade nessa reflexão é grande o risco de superficialidade em tudo o mais o que se fizer”, afirmou o presidente da Comissão para a Animação Bíblico-Catequética, dom José Antônio Peruzzo.
O encontro que segue até o próximo sábado, dia 07, contou ainda com uma série de outros assuntos, encaminhamentos e avaliações. Os regionais também terão espaço para partilhar suas conquistas e dificuldades. A Maria Erivan Ferreira da Silva, coordenadora da Comissão para a Animação Bíblico-Catequética do regional Nordeste 1 da CNBB, disse que vai compartilhar a dificuldade que o regional tem pela rotatividade de catequistas. “Falta gente para a missão, é uma urgência que temos: a de formar novos catequistas. E também a sustentabilidade da catequese. São preocupações que vem ao longo do tempo e que trazemos aqui para partilhar no encontro”, contou.
Mês da Bíblia 2021
Aconteceu entre os dias 07 e 08 de março, no Centro Cultural Missionário (CCM), em Brasília (DF), a reunião do Grupo de Reflexão Bíblico–Catequética (GREBICAT). Dom José Antonio Peruzzo, presidente da Comissão para a Animação Bíblico-Catequética da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) pronunciou as palavras iniciais, valorizando a riqueza do grupo que conta com membros veteranos, bem como acolheu iniciantes. A nova composição do grupo levou em conta a diversidade e o campo de atuação: homens e mulheres, leigos e leigas, religiosas e presbíteros, alguns mais ligados ao estudo da Sagrada Escritura, outros da Catequese.
O primeiro tema da reunião contou com a colaboração do professor Joel Antônio Ferreira (PUC Goiás), convidado para elaborar o texto–base do mês da Bíblia de 2021. O tema do Mês da Bíblia 2021 será “Carta de São Paulo aos GÁLATAS” e o lema “Pois todos vós sois UM só em Cristo Jesus” (Gl 3,28d). O lema provém do Hino Batismal da carta paulina que, por sua vez, dá as chaves para a abertura das portas de toda a epístola, que traz temas importantes como a igualdade e a liberdade em Cristo Jesus.
Ao longo da apresentação do texto, os participantes deram suas contribuições para enriquecê-lo e para bem adaptá-lo as realidades da base. Ainda no primeiro dia de encontro, o professor Cláudio Vianney Malzoni trabalhou o tema Bíblia como literatura numa perspectiva narrativa. O assessor resgatou a importância da Bíblia como obra literária, em sua beleza. Além disso, destacou a importância das Sagradas Escrituras para a cultura ocidental. Malzoni insistiu que é preciso ser educado para uma sensibilidade que seja capaz de fazer uma interpretação profunda do texto sagrado. O diálogo do grupo trouxe contribuições que seguiram apontando a importância deste tema para a evangelização.
No segundo dia de encontro, padre Abimar Morais abordou o tema Unidade Sacramental, partindo de alguns desafios. De acordo com ele, urge a recuperação do nexo entre sacramentos e vida, bem como o resgate da unidade entre os sacramentos da iniciação cristã. “O tema é desafiador, porque há indicativos que apontam não somente para uma compreensão unitária, mas também para uma nova configuração na ordem dos sacramentos. Tal revisão cria resistências. Por outro lado, a abordagem é oportuna, pois o Brasil está em processo de inserção dentro de uma mentalidade iniciática que visa à formação de discípulos missionários”, disse.
Diante desta reflexão, os integrantes puderam discutir sobre os desafios da atualidade: integrar a pastoral do Batismo infantil ao projeto de inspiração catecumenal e repensar a catequese do Crisma. As discussões do grupo também trouxeram a questão importante da sequência dos sacramentos: o Batismo como a porta de entrada, complementado pela Confirmação, sendo a Eucaristia o último sacramento a ser recebido, conforme já fora indicado pelo papa Bento XVI na Sacramentum Caritatis.
Já o presbítero e a iniciação cristã foi o tema trabalhado pelo padre Eduardo Calandro. O ponto de partida da reflexão é o desafio de fazer com que os presbíteros estejam alinhados com a nova mentalidade de iniciação. “Se se deseja avançar pastoralmente, a conscientização dos presbíteros sobre sua responsabilidade é fundamental. A IVC está alicerçada na tríade catequista-presbítero-comunidade, podendo contribuir muito na concretização da pastoral orgânica”, afirmou o padre. O grupo discutiu caminhos para ajudar na conscientização dos presbíteros, em especial dos párocos, sobre a sua importância dentro dos novos processos de iniciação.
O último tema foi motivado pela irmã Sueli Cruz, que tratou do anúncio querigmático hoje: perspectivas e desafios. Irmã Sueli insistiu que o primeiro anúncio deve estar construído a partir da encarnação, vida, morte e ressurreição. Destacou ainda que, muitas vezes, insiste-se em um Cristo sem cruz, uma espécie de encontro anestésico e intimista, o que de acordo com ela, é perigoso para a catequese a serviço da iniciação à vida cristã. “Muito se tem falado sobre a importância do querigma dentro do processo iniciático, mas é preciso fazê-lo sem empobrecer o mistério de Cristo e sem perder os próprios valores evangélicos”, disse.
No final do encontro, padre Jânison de Sá, assessor nacional da Comissão para a Animação Bíblico-Catequética da CNBB, conduziu a avaliação do encontro. O grupo do GREBICAT se manifestou feliz com a sua reestruturação e com a rica partilha acontecida. “Os integrantes seguem animados com a missão que se descortina, dispostos a dar indicativos de reflexão que ajudem a Igreja do Brasil no caminho rumo a uma catequese à serviço da iniciação à vida cristã”, finalizou.
‘Novo Diretório para a Catequese’
Na quinta-feira, 25 de junho, às 15h, a Comissão apresentou em uma live o “Novo Diretório para a Catequese” nas redes sociais (@cnbbnacional), que foi lançado pelo Vaticano.
Para conversar sobre o texto, os assessores da comissão, padre Jânison de Sá e a irmã Izabel Patuzzo, convidaram o arcebispo de Belo Horizonte e presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom Walmor Oliveira de Azevedo, o bispo auxiliar do Rio de Janeiro e secretário-geral da CNBB, dom Joel Portella Amado, e o arcebispo de Curitiba (PR) e presidente da Comissão Episcopal Pastoral para Animação Bíblico-catequética, dom José Antônio Peruzzo.
O documento é redigido pelo Conselho Pontifício para a Promoção da Nova Evangelização (CPPNE). De acordo com o Vaticano, a publicação de um Diretório para a Catequese representa um acontecimento feliz para a vida da Igreja.
“Com efeito, pode constituir um desafio positivo para todos os que se dedicam ao grande empenho da catequese, uma vez que permite experimentar a dinâmica do movimento catequético que sempre teve uma presença significativa na vida da comunidade cristã. O Diretório para Catequese é um documento da Santa Sé disponível a toda a Igreja”, destaca o texto.
Na live, dom Walmor destacou que a Iniciação Cristã é um ouro do caminho evangelizador e missionário da Igreja. “É um ouro que tem a centralidade da Palavra Santa de Deus. É a Doutrina de nossa fé. Um ouro que precisa ser bem cuidado para um novo tempo no nosso caminho”, disse.
O arcebispo afirmou que a Conferência está comprometida com o dom de receber o Diretório para a Catequese. “Queremos abrir os nossos corações para um documento pontifício que nos aponta caminhos, fecunda nosso comprometimento para a catequese de Iniciação à Vida Cristã”, disse.
Já dom Peruzzo, presidente da Comissão para a Animação Bíblico-Catequética da CNBB, comentou o quanto o texto é denso de lucidez para falar da “potência evangelizadora que a iniciação à vida cristã confere à catequese”.
O secretário-geral da CNBB, dom Joel Portella, garantiu que o Diretório vem se somar ao atual esforço da Igreja para dialogar com homens e mulheres dos tempos atuais e de todas as idades.
O Diretório está disponível para compra no site da Editora da CNBB, a Edições CNBB.
Mês da Bíblia 2020
Em 2020, a Igreja no Brasil comemora o Mês da Bíblia, em sintonia com a Comissão Episcopal Pastoral para a Animação Bíblico-Catequética da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), fundamentando-se no livro do Deuteronômio, com o lema “Abre tua mão para o teu irmão” (Dt 15,11). É um livro rico em reflexões morais e éticas, com leis para regular as relações com Deus e com o próximo. Destaca-se no Deuteronômio a preocupação de promover a justiça, a solidariedade com os pobres, o órfão, a viúva e o estrangeiro. São leis humanitárias encontradas também no Código da Aliança (Ex 20-23).
E o Texto-Base para o Mês da Bíblia deste ano, segundo o arcebispo de Curitiba, dom José Antônio Peruzzo, quer oferecer ao leitor atual a experiência de fé daqueles que primeiramente acederam ao que Deus queria revelar de si mesmo. “Seus autores querem aproximar os leitores de hoje dos protagonistas de ontem. É como se os de outrora e os de agora se reunissem para conversar sobre aquele Deus que se revelou, que se deixou conhecer”, afirma o presidente da Comissão para a Animação Bíblico-Catequética da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).
Elaborado por um grupo de professores especializados, o texto-base do Mês da Bíblia foi publicado recentemente pela Editora da CNBB, a Edições CNBB. É um instrumento para que as comunidades possam estudar e interpretar o livro e possam atualizar a Palavra de Deus para o contexto vivido. “Gostaria de convidar, motivar as lideranças para que estudem o texto-base, tenham contato com o texto para que em setembro possa-se realizar melhor os encontros bíblicos”, exorta padre Jânison de Sá, assessor da Comissão para a Animação Bíblico Catequética da CNBB.
O texto-base, além de apresentar o contexto e os objetivos do livro, traz informações sobre as características itinerárias e vocabulário, além de sua importância teológica. “É um livro extramente importante porque ele se apresenta como uma orientação para a comunidade israelita e também para nós. Teve uma grande influência no Antigo Testamento. Foi reelaborado, atualizado por várias vezes por ser extremamente importante”, explica irmã Izabel Patuzzo, assessora da Comissão para a Animação Bíblico-Catequética da CNBB.
Encontros Bíblicos – Além do texto-base, há o subsídio para os encontros bíblicos. Neste ano, foram preparados cinco encontros na metodologia da Leitura Orante, que garante uma pedagogia interativa e mistagógica. Ao final, há ainda sugestões de cantos que podem ser utilizados nos diversos momentos. “Que cada família possa adquirir o seu livreto dos encontros para fazê-los em casa, pois são muito importantes para que as famílias possam continuar-se alimentando da palavra de Deus e neste ano conhecendo melhor o livro do Deuteronômio, que é um livro importante do Antigo Testamento”, afirma padre Jânison.
Os subsídios estão a venda no site da Edições CNBB. Acesse-os (aqui).
Como se preparar para o Mês da Bíblia 2020? – A Edições CNBB realizou no dia 27 de agosto, uma live cujo título foi “Preparação para o Mês da Bíblia”. O objetivo da formação, segundo o mediador da live, padre Jânison de Sá, assessor da Comissão Episcopal Pastoral para a Animação Bíblico-Catequética da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), foi conhecer melhor o tema do mês da Bíblia 2020 (setembro), o livro que será objeto de estudo este ano e importância do mês da Bíblia para a Igreja no Brasil. Este ano, 2020, a Igreja no Brasil comemora o Mês da Bíblia fundamentando-se no livro do Deuteronômio, com o lema “Abre tua mão para o teu irmão” (Dt 15,11).
Participou da live como convidado o bispo de Luziânia (GO), dom Waldemar Passini. Ele também é presidente do regional Centro-Oeste da CNBB, membro da Comissão Bíblico-Catequética da CNBB e mestre em ciências bíblicas. Outros convidados foram o frei Ildo Perondi, doutor em Teologia Bíblica e professor de Bíblia na Pontifícia Universidade Católica (PUC) do Paraná e a assessora da Comissão Bíblico-Catequética da CNBB, irmã Izabel Patuzzo.
Estudo sobre o livro de Deuteronômio – Em uma live realizada pela Edições CNBB dia 27 de agosto, em preparação ao Mês da Bíblia, o bispo de Luziânia (GO), dom Waldemar Passini e membro da Comissão Bíblico-Catequética da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), retomou a história e a origem do mês no Brasil e apresentou as orientações da Comissão Bíblico Catequética da CNBB para este ano levando-se em conta o contexto do novo Coronavírus.
Orientações pastorais no contexto da pandemia – O bispo de Luziânia, que também é mestre em ciências bíblicas, disse que a Igreja no Brasil e a Comissão Bíblico-Catequética da CNBB estão num tempo de adaptação. “Estamos acompanhando os dramas e as tragédias das pessoas e de seus familiares e também de coisas que afetam a vida de nossas comunidades, cidades, país e mundo”, disse.
Dom Waldemar disse que a Igreja, por ser encarnada nas diferentes realidades, não pode ficar alheia ao avanço do novo Coronavírus. Contudo, o bispo de Luziânia disse que isto não significa que ela deve permanecer parada e se ausentar da reflexão, da oração e dos encontros. Ele reforçou, por outro lado, que são necessárias adaptações. “Esse ano, diante desta realidade, imagino que o lugar da oração e reflexão da família já conquistou espaço. Para o Mês da Bíblia a prioridade deve ser à Palavra de Deus”, disse.
A sugestão da Comissão para a Animação Bíblico-Catequética da CNBB é que a oração, a reflexão e os estudos sejam feitos em família sobre o Livro do Deuteronômio, tendo o cuidado de adaptar a reflexão às diferentes idades. O material também, como sugestão da Comissão da CNBB, poderá ser estudado em grupos de convivência que tenham uma espiritualidade bíblica (amigos, colegas de trabalho, círculos bíblicos, entre outros). Uma outra sugestão é fazer encontros à distância pelas plataformas que permitem reuniões online. Encontros, como este, sugeriu dom Waldemar, podem ser organizados pelas comunidades e paróquias.
Como método, dom Waldemar deu duas orientações: a) se ater à leitura contínua do texto proposto, o que ajuda a entender o contexto no qual está inserida a história e a oração com o mesmo. Uma opção, aponta, é fazer a leitura orante com os textos bíblicos sugeridos. Momentos importantes, reforçou dom Waldemar, são as celebrações da Palavra e as homilias, onde os ministros leigos e ordenados poderão aprofundar a Palavra de Deus.
Dia do Catequista
Por ocasião do Dia do Catequista, celebrado em 30 de agosto, o presidente da Comissão para a Animação Bíblico-Catequética da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom José Antônio Peruzzo, gravou um vídeo falando de sua alegria em se integrar a eles.
Dom Peruzzo afirma que os catequistas são “muitos por esse Brasil afora” e que em diversos contextos e situações são eles sozinhos os responsáveis por evangelizar.
“Eu gostaria em nome da CNBB de ir até você e lhe dar um grande abraço de gratidão porque foram muitas as horas dedicadas, os esforços, as vezes até distâncias percorridas, cansaços, lágrimas; mas quanta satisfação e quanta paz interior que, você, por causa do Seu Senhor Jesus Cristo dedicou as melhores possibilidades dos seus afetos e das suas capacidades para falar de Jesus Cristo e apresentá-lo aos catequizandos”, disse.
Por fim, dom Peruzzo salientou que o Senhor nunca deixa vencer em generosidade e irá retribuir a todos os catequistas em linguagem de paz, de serenidade e de sabedoria. “Nunca esqueça que o Senhor será sempre grato pelos seus gestos (…). É vocação que você acolheu, é missão que assume, é encanto que oferece, é paixão que comunica, é sentido para os seus catequizandos. Que Deus lhe abençoe e o Espírito Santo o acompanhe”, finaliza dom Peruzzo.
Seminário Nacional da Animação Bíblia da Pastoral
A Comissão realizou de forma online o Seminário Nacional da Animação Bíblica da Pastoral, de 8 a 10 de outubro, com o lema “A Palavra de Deus crescia, e o número dos discípulos se multiplicava consideravelmente” (At 6,7).
Padre Jânison de Sá, assessor da Comissão, explica que a iniciativa quer convidar as coordenações de pastorais, movimentos e grupos a assumirem a animação bíblica da pastoral colocando no centro a Palavra de Deus. “A Animação Bíblica não é somente para a catequese, mas para todas as pastorais e movimentos animarem de fato a Bíblia”, diz.
O Seminário ainda de acordo com padre Jânison é uma tentativa de promover a reflexão e motivar para uma prática a animação bíblica de toda a pastoral. “O Brasil já fez uma longa caminhada, mas precisamos fortalecer sempre mais esta centralidade da Palavra de Deus em toda a ação evangelizadora e pastoral da nossa igreja”, completou.
A iniciativa de cunho nacional também vai ao encontro do que diz a Exortação Apostólica Verbum Domini, do papa Bento XVI, quando no número 73 afirma que “o Sínodo convidou a um esforço pastoral particular para que a Palavra de Deus apareça em lugar central na vida da igreja recomendando que se incremente a pastoral bíblica; não em justa posição com outras formas de pastoral, mas como animação bíblica da pastoral inteira”.
Programação – No dia 8 de outubro, às 20h, dom Jacinto Bergmann fez uma memória apresentando todo o histórico da animação bíblica na vida da pastoral. Já a irmã Maria Aparecida Barboza vai apresentar o tema da animação bíblica da pastoral nas novas Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil (DGAE). Dom José Antônio Peruzzo fará uma reflexão sobre a Parábola do semeador (Mt 13, 1-9).
No dia 9, às 20h, dom Armando Bucciol fez uma reflexão sobre o texto onde Jesus convida os discípulos de Emaús (Lc 24, 13,35). Também o professor Mathias Grenzer fará uma apresentação sobre a Palavra de Deus na Igreja à luz da Exortação Apostólica Verbum Domini. Já Mariana Venâncio falará sobre a Animação Bíblica da Pastoral e Formação Bíblica do Laicato.
No dia 10, também às 20h, o texto inspirador será o (Lc 4,14-22) foi refletido por dom Waldemar Passini Dalbello. O padre Décio Walker dará algumas orientações para a Animação Bíblica da Pastoral e a irmã Izabel Patuzzo, assessora da Comissão, dará algumas dicas sobre como implantar a Animação Bíblica da Pastoral.
O seminário pôde ser acompanhado nas redes sociais da CNBB (@cnbbnacional) e na da Catequese do Brasil (@catequesedobrasil).