Comissão para a Amazônia homenageia o cardeal Cláudio Hummes, seu primeiro presidente

A Comissão Episcopal Especial para a Amazônia da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) prestou homenagens póstumas ao cardeal Cláudio Hummes, falecido na segunda-feira, 4 de julho. Foi divulgada uma mensagem da Comissão, assinada pelo atual presidente, o arcebispo de Manaus (AM), dom Leonardo Ulrich Steiner, e uma carta da assessora da Comissão, irmã Maria Irene Lopes dos Santos. Desde 2009, ela articula as ações voltadas para a região, inclusive por meio da Rede Eclesial Pan-Amazônica (Repam), da qual é diretora executiva.

“Agradecemos a Deus pela vida, serviço e ministério de Dom Cláudio. Louvamos e bendizemos a Deus pelo bem e pela bondade, pelo amor e pela solidariedade junto ao Povo de Deus. Louvemos e agradecemos pelo cuidado e pelo ânimo evangelizador junto as Igrejas e comunidades da região amazônica”, afirmou dom Leonardo Steiner.

No texto, também é manifestada gratidão “pelo serviço comprometido de dom Cláudio Hummes na presidência da Comissão Episcopal Especial para a Amazônia, e para o qual ergueu sua voz em defesa dos direitos humanos, da proteção dos povos indígenas, comunidades tradicionais e para a conversão integral, sempre em vista do cuidado com a Casa Comum”.

MENSAGEM DA COMISSÃO EPISCOPAL PARA AMAZÔNIA PELA PÁSCOA DO CARDEAL DOM CLÁUDIO HUMMES

Pode ser uma imagem de 2 pessoas e pessoas em péIrmã Maria Irene Lopes dos Santos, escolhida por dom Cláudio para ser sua auxiliar na condução das ações pastorais para a Região Amazônica, tanto na Comissão para a Amazônia, quanto na Rede Eclesial Pan-Amazônica, fundada em 2014, escreveu uma “Carta para um companheiro de missão e andanças”, na qual destaca o convívio, os aprendizados e a companhia na missão.

“Com o senhor, aprendi que o povo não pode esperar. Sempre muito presente na vida das comunidades e pronto para resolver as situações, o senhor tinha pressa. Não queria que nada ficasse sem respostas ou resoluções, sem se importar com o dia ou a hora”, afirmou irmã Irene.

“Dom Cláudio, em cada uma dessas andanças, nesse itinerário que fizemos juntos na nossa querida Amazônia, senti o cuidado do pastor, ouvi as palavras do profeta, testemunhei a entrega do servo fiel, aprendi com o educador perspicaz, partilhei o pão, a vida e a utopia com um companheiro de missão. Sou muito grata por todas essas experiências e memórias. Que pena que as palavras não alcançam o sentido e o significado de tudo o que vivemos”, partilhou.

Confira a carta da irmã Irene na íntegra.

 

Foto: Repam Brasil

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