Dom Roberto Francisco Ferreria Paz
Bispo de Campos (RJ)
Neste domingo, 20 de agosto, celebramos a Solenidade da Assunção de Nossa Senhora, a glória e sua entronização no céu. Torna-se sempre, junto a seu Filho Jesus e na comunhão dos Santos, um sinal Pascal de vitória para todos aqueles que correspondem à vocação de testemunhar o amor misericordioso do Senhor através dos séculos. Nesta visão, bela e cativante, comemoramos, também neste domingo e na semana que se segue, a vida e missão dos consagrados(as), na Igreja e na sociedade.
Como Maria Virgem, eles se sentem fascinados e totalmente apaixonados por Deus, deixando-se tomar e decidindo viver uma entrega radical a partir dos três conselhos evangélicos: pobreza, castidade e obediência. Este projeto, profundamente evangélico, porque segue a Cristo pobre, casto e obediente até a cruz, constitui um precioso dom para a Igreja e a humanidade, que são transformadas pela generosidade e heroicidade desta doação impulsionada pelo Espírito Santo.
O alto e nobre padrão da perfeita caridade, do amor universal e fraterno, para com todas as pessoas e criaturas, gerou, ao longo do tempo, obras sociais em prol das crianças abandonadas, dos adolescentes e jovens em estado de vulnerabilidade, dos doentes e portadores de deficiências, dos hansenianos e encarcerados, enfim, não houve nenhuma necessidade humana que não fosse atendida de forma altruísta e com a gratuidade do Reino.
O Evangelho foi anunciado com alegria e entusiasmo por missionários que partiram a terras longínquas para partilhar a Cristo. E dentro dos mosteiros e trapas, onde o silêncio da contemplação de Deus se respira vitalmente, uma corrente de oração e de adoração liga o céu e a terra, trazendo paz e abundância de graças para o mundo inteiro. Sim, precisamos muito destes especialistas em comunhão, em espiritualidade essencial, em humanização, pois, como disse uma vez Santo Agostinho a respeito dos homens de seu tempo: corres muito, mas fora dos trilhos. Os consagrados sempre nos lembrarão com sua vida e presença , o bem absoluto que é Deus, nosso destino final, e a importância de edificar na perspectiva da eternidade, sendo como eles, serenos compassivos e misericordiosos. Deus seja louvado!
