Criado Grupo de Trabalho para o Enfretamento do Tráfico de Pessoas

Representantes de 12 entidades entre pastorais e órgãos públicos se reuniram nesta sexta-feira, 15, na sede da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), para a primeira reunião do recém formado Grupo de Trabalho para Enfretamento ao Tráfico de Pessoas. O evento, organizado pela Pastoral da Mobilidade Humana, reuniu a equipe executiva e algumas entidades consultoras a fim de apresentar os objetivos da equipe.

grupotrabalhotraficopesdimasirrositaO secretário Geral da CNBB, dom Dimas Lara Barbosa, abriu o evento apresentando os motivos que levaram a essa iniciativa. Já a assessora da Pastoral da Mobilidade Humana, irmã Rosita Molesi, destacou a importância da ação. “O setor de mobilidade humana da CNBB fez diversas reuniões para que fosse realizada a proposta de constituir esse grupo de trabalho, com o objetivo de denunciar e tornar conhecida a realidade do Tráfico de pessoas”, disse assessora.

Além de representantes dos movimentos da Igreja, agora membros da equipe executiva, como a Cáritas Brasileira, Pastoral da Mulher Marginalizada, Instituto de Migrações e Direitos Humanos (IMDH), Setor pastoral da Mobilidade Humana e a Comissão Pastoral da Terra, também participaram, como entidades consultoras, a Embaixada de Portugal, representantes do Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR), Associação brasileira de Antropologia (ABA), a Organização Internacional do Trabalho (OIT) e o Ministério Público de Goiás, representado pelo promotor Saulo de Castro Bezerra.

“Esse encontro é extremamente importante para todos nós, porque temos a necessidade de ter uma linguagem única entre as instituições que trabalham com esse fim. Existe a precisão de definirmos ações que atendam as particularidades de cada região e deem uma unidade a esse trabalho, que já tem se desenvolvido há vários anos no país, mas de forma isolada”, destacou Bezerra.

Segundo a Pastoral da Mobilidade Humana, 20% das denúncias feitas em 2006, quanto ao tráfico de pessoas a nível mundial, são originadas da América Latina, destacando-se Brasil e Colômbia.

“Nós queremos agora arregaçar as mangas e juntar os esforços da sociedade civil, entidades Internacionais que se interessam pelo tema, e as nossas próprias pastorais e organismos da Igreja nesse trabalho”, disse dom Dimas.

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