Dom Jailton Oliveira Lino
Bispo de Teixeira de Freitas/ Caravelas (BA)
Queridos irmãos e irmãs consagrados, sacerdotes e religiosos,
Recentemente, ao meditar sobre as palavras do Santo Padre, o Papa Francisco, fui tocado pela sua reflexão sobre a coragem necessária para pensarmos como povo. Ele nos lembra que cuidar uns dos outros vai além de um simples ato de bondade; é um chamado profundo à comunhão e à solidariedade.
O Papa Francisco nos exorta a sermos corajosos ao adotarmos uma mentalidade de povo. Isto é, não apenas um grupo de indivíduos, mas uma comunidade unida pela fé, pela esperança e pelo amor. Este chamado é especialmente relevante para nós, que fomos consagrados a servir ao Senhor e ao Seu povo.
A Coragem de Servir e de Amar
Ser consagrado significa ter respondido a um chamado especial de Deus para viver em total dedicação a Ele e ao próximo. No entanto, muitas vezes, essa vocação exige uma coragem que ultrapassa os desafios do cotidiano. Precisamos estar dispostos a enfrentar as dificuldades e a superar as barreiras que nos impedem de nos ver como uma verdadeira comunidade de fé.
O Papa nos lembra que cuidar uns dos outros requer uma entrega radical, uma disposição para viver a fraternidade genuína. Isso significa estar atento às necessidades dos nossos irmãos e irmãs, especialmente os mais vulneráveis, e agir com amor e compaixão.
A Comunhão como Testemunho
Nossas comunidades religiosas são chamadas a ser um testemunho vivo dessa comunhão que o Papa Francisco tanto preza. Devemos ser exemplos de unidade e de serviço mútuo, mostrando ao mundo que é possível viver em harmonia e paz, mesmo em meio às adversidades.
Devemos também ser promotores de uma cultura de encontro e de diálogo. Em um mundo cada vez mais dividido, nossa missão é ser pontes que conectam, e não muros que separam. É nossa responsabilidade ouvir com atenção, acolher com generosidade e agir com justiça.
Um Chamado à Ação
Portanto, convido todos vocês, meus irmãos e irmãs consagrados, a refletirem profundamente sobre as palavras do Papa Francisco. Que possamos redescobrir a beleza e a força da nossa vocação, não apenas como indivíduos, mas como membros de um corpo eclesial que vive em comunhão.
Que tenhamos a coragem de pensar e agir como povo, de cuidar uns dos outros com um amor genuíno e uma dedicação incansável. Que nossas ações diárias, por mais simples que pareçam, sejam sempre direcionadas para a construção de uma comunidade mais justa, mais solidária e mais fraterna.
Em Cristo,