“Na comemoração que a Organização Mundial da Saúde (OMS) adotou para assumirmos uma consciência mais abrangente e plena do que significa a saúde como estado de bem-estar físico, mental, socioambiental e espiritual, somos convidados a refletir e comprometermos com a defesa da saúde pública e nessa linha com o resgate e fortalecimento do Sistema Único de Saúde (SUS)”, destaca o bispo de Campos (RJ) e referencial da Pastoral da Saúde da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom Roberto Francisco Ferrería Paz, em mensagem para o Dia Mundial da Saúde, celebrado neste sábado (7).
Para celebrar a data, que é solenizada todos os anos no mesmo dia em que a OMS foi criada, em 7 de abril de 1948, o projeto Direitos Sociais e Saúde: Fortalecendo a Cidadania e a Incidência Política e a Pastoral da Saúde lançam mensagem em defesa da saúde pública, por um Sistema Único de Saúde (SUS) voltado para o povo brasileiro, livre de mercantilização.
“O XIII Fórum Social Mundial em Salvador denunciou e mostrou às claras o processo hegemônico do capital rentista e parasita que subtrai fundos públicos para os negócios especulativos do setor privado e, nesta tendência perversa, a saúde se torna mercadoria, acalentando a indústria dos planos de securitização para o consumo de quem possa pagar”, destaca na mensagem dom Roberto.
Para este ano, a Organização Pan-Americana da Saúde e a Organização Mundial da Saúde (OPAS/OMS) escolheram para a campanha do Dia Mundial da Saúde o lema: “Saúde para todas e todos. Em todos os lugares”.
A ideia é chamar atenção para a importância da saúde universal – que significa garantir que todas as pessoas e comunidades tenham acesso aos serviços de saúde sem qualquer forma de preconceito e sem sofrer dificuldades financeiras. Neste mesmo caminho segue o trabalho da Pastoral da Saúde que tem o desafio de estar comprometida em garantir ou fortalecer o SUS.
“Por isso torna-se necessário avivar e recriar o sonho que animou o movimento sanitarista e outros coletivos, junto à Pastoral da Saúde, para exigir e fazer acontecer a saúde integral como direito dos cidadãos e dever do Estado”, ressalta o bispo.
A Pastoral obedece três dimensões: a da assistência solidária com a pastoral hospitalar, depois a dimensão de comunidade, propiciando campanhas e uma medicina mais preventiva. Um terceiro ponto é a luta pelas políticas públicas de saúde.
De acordo com a Organização das Nações Unidas no Brasil (ONUBR), a saúde universal abrange uma gama de serviços de saúde, entre eles, promoção da saúde, prevenção de doenças, tratamento, reabilitação e cuidados paliativos – que devem ser de qualidade, integrais, seguros, eficazes e acessíveis a todos. O direito a esses e outros cuidados de saúde estão garantidos na Constituição da OMS, que foi publicada em 1946 e entrou em vigor em 1948.
O documento da OMS destaca que “o mais alto padrão possível de saúde é um dos direitos fundamentais de todo ser humano, sem distinção de raça, religião, crença política ou condição econômica ou social”. O principal objetivo da campanha da OMS deste ano é aumentar a conscientização sobre a necessidade de cobertura e acesso à saúde universal, além dos benefícios que isso pode trazer.
Diante da realidade da saúde pública no Brasil, que tem enfrentado muitas dificuldades, dom Roberto enfatiza que não é possível permitir nenhum passo atrás ou direito a menos no que tange o serviço básico de saúde ofertado à população.
“Que a defesa e a reconstrução do SUS como ele foi cogitado pelo grandioso mutirão popular que conseguiu esta conquista que tanto nos orgulha, seja ponto de honra para todos (as) os fiéis cristãos, que animam e enobrecem nossa Pastoral da Saúde”.
Dom Roberto Paz finaliza a mensagem fazendo memória aos leigos que lutaram por uma saúde pública de qualidade para o povo. “Para que neste Ano Nacional do Laicato façam a diferença, caminhando juntos, lado a lado, com o povo sofrido. Que a memória de tantos leigos e leigas, como Santa Giana Berea Mola e Zilda Arns, nos impulsionem a dar o melhor de nós mesmos e que Jesus, nosso Irmão e Salvador, nos conduza sempre a testemunhar e construir na história que vivemos o seu Reino, de vida, saúde, paz e justiça para todos”.
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