Pensando nas eleições que serão realizadas em 05 de outubro, a diocese de Campo Limpo (SP) elaborou uma carta com “Orientações para as Comunidades Católicas” da diocese, assinada pelo bispo diocesano dom Luiz Antônio Guedes. A mensagem traz informações e orientações sobre os detalhes do processo eleitoral, além de critérios para escolha dos candidatos que concorrem aos cargos de presidente e vice-presidente da República, senador, deputados federais e estaduais,governador e vice-governador.
“A eleição é uma oportunidade para confirmar os políticos e partidos que estão no cargo e a forma como estão governando e legislando; ou para mudar os mandatários e os rumos da política do País e do Estado. Os cristãos são chamados a participar ativamente na edificação do bem comum, escolhendo bons governantes e legisladores e acompanhando com atenção o exercício de seus mandatos”, diz a carta.
A atenção aos casos de corrupção também foi mencionada. “A Lei 9840, de 1999, veio para moralizar a vida política do Brasil; ela condena várias formas de compra de votos durante as eleições e de abuso de poder econômico nas campanhas eleitorais. Os candidatos denunciados e condenados em força dessa lei podem ter seu registro ou diploma cassado, além de receber multa. Os fatos de corrupção eleitoral devem ser denunciados à Justiça Eleitoral”, afirma dom Antônio Guedes.
Observar a “Lei Ficha Limpa” é outra recomendação da carta. “Político precisa ter credibilidade para representar o povo, governar e administrar o dinheiro público”, acrescenta dom Antônio. O texto lembra que “a Lei complementar 135 torna inelegível os políticos corruptos que já foram condenados por crimes eleitorais ou outros, tornando-se inelegíveis pelo tempo previsto na sua condenação”. A publicação também recorda que a aprovação dessa lei, de iniciativa popular, contou com a expressiva participação das comunidades e organizações da Igreja Católica.
Outro aspecto abordado é a propaganda eleitoral, que conforme a Lei 9504, artigo 37, parágrafo 4º, é proibida em templos e lugares de culto ou eventos religiosos. “A Igreja Católica valoriza a liberdade de consciência e as escolhas autônomas de todos os cidadãos. A religião não deve ser usada como ‘cabresto político’ e as comunidades da Igreja não devem ser transformadas em ‘currais eleitorais’”.
Segundo o Tribunal Regional Eleitoral TRE-SP, São Paulo possui nove candidatos ao cargo de governador, com seus respectivos vices; 11 concorrentes à vaga de senador; 1.484 possíveis deputados federais e 2.121 estaduais. O estado possui 31.998.432 eleitores, o correspondente a 22,4% do eleitorado nacional.
Informações: www.diocesedecampolimpo.com