O subsídio do Conselho Episcopal Latino-Americano (Celam) “A alegria de iniciar discípulos missionários na mudança de época”, publicado pela “Edições CNBB”, conceitua a “Iniciação à Vida Cristã” – tema da 55º Assembleia Geral dos Bispos da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) – como o processo pelo qual uma pessoa é introduzida na vida da Igreja, através da Palavra de Deus e da mediação sacramental e litúrgica.
Para o arcebispo de Curitiba e presidente da Comissão para a Animação-Bíblico Catequética da CNBB, a temática é complexa e desafiadora. Ele explica que se não houver novos passos, o que se fez até agora correrá o risco de ser esquecido e por isso, é importante a retomada da reflexão: “Retomar a reflexão é fundamental para manter vivos os projetos que, como Igreja, consideramos “urgentes”. Para ele, a escolha deste ano expressa a comunhão da Igreja na ação evangelizadora.
De acordo com o assessor da Comissão para a Animação Bíblico-Catequética, padre Antonio Marcos Depizzoli, a assembleia refletindo a Iniciação à Vida Cristã, dará ampla visibilidade ao assunto e sustento na continuidade da assimilação do jeito de ser Igreja, a partir do encontro pessoal com Jesus Cristo: “Há muitas e belas iniciativas por toda parte. Não podemos deixar de ressaltar o muito que já foi feito. Com a 55ª Assembleia dos Bispos podemos afirmar que estamos vivendo um momento muito importante”.
Depizzoli também pontuou que há dificuldades e desafios no caminho. Para ele, ainda há o equívoco de muitos ao considerar somente a catequese a responsável pela Iniciação à Vida Cristã: “Falta formação com o clero e agentes leigos e leigas sobre o tema; falta investimento na formação de catequistas”. O assessor destaca ainda que é preciso um esforço muito maior de levar a reflexão e a formação em muitos lugares. Para ele a rotatividade dos catequistas, coordenadores e outras lideranças é outro grande desafio.