Dom José Francisco Rezende Dias
Arcebispo de Niterói
Pandemia é um termo usado para determinadas doenças que rapidamente se espalham através de uma contaminação sustentada. Determinantes podem ser a gravidade da doença, o seu poder de contágio e a rapidez com que contaminam uma população, em um continente ou em todo o mundo, ao mesmo tempo.
No último domingo, o Papa Francisco deixou de lado o texto previsto para afirmar que pessoas são mais importantes que tudo. No momento em que países decidem como vão retomar atividades, após as restrições da pandemia, o Papa não economizou palavras: curar as pessoas é mais importante do que a economia, disse o Papa.
“Nós, pessoas, somos templos do Espírito Santo; a economia, não”.
Corajosas palavras!
Foram recebidas com aplausos pelas pessoas, usando máscaras e mantendo distância umas das outras, na Praça de São Pedro, reaberta no domingo passado.
A última vez que o Papa havia se dirigido aos fiéis, na Praça, havia sido antes da quarentena. Mais de 33 mil pessoas morreram em território italiano, por causa da Covid-19, terceiro maior número do mundo até este domingo.
O Papa manifestou preocupação com os povos indígenas da Amazônia. Ele relembrou o sínodo da Amazônia, em outubro do ano passado, e pediu aos fiéis que “invoquem o Espírito Santo de forma que Ele possa dar luz e força à Igreja e à sociedade na região amazônica, extremamente afligidas pela pandemia de Covid-19”.
O pontífice rezou pelos mais pobres e aqueles que não têm defesas, em todas as regiões do mundo: “Eu rogo para que não lhes falte cuidado em saúde”.
Não é recente na história ter de lidar com pandemias infecciosas. Surtos de doenças repetem-se pelos séculos, com semelhanças na forma da propagação e da contenção. A crescente proliferação do novo coronavírus já é um dos maiores desafios da humanidade.
