Economato da CNBB discute gestão eclesial na Província Eclesiástica de Juiz de Fora

“Aspectos jurídicos/trabalhistas e dicas para a gestão eclesial”. Esse foi o tema discutido por mais de 200 pessoas com a equipe do Economato da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). O evento, que fez parte da programação da atualização do clero da Província Eclesiástica de Juiz de Fora, terminou na manhã desta sexta-feira, 27.

Mesmo inserido na atualização do clero, o curso da equipe da CNBB foi aberto aos funcionários que fazem parte do quadro administrativo da Província Eclesiástica de Juiz de Fora (Juiz de Fora, São João Del Rei e Leopoldina). Além deles, participaram bispos, padres e diáconos das cidades mineiras.

O advogado que presta serviços para a CNBB, Hugo Sarubbi, abordou legislações e aspectos da área trabalhista. Questões financeiras e contábeis ficaram por conta do ecônomo da CNBB, Francisco Julho de Souza.“Também abordamos o Tratado Internacional selado entre o Brasil e a Santa Sé, assim como a laicidade do Estado. Ou seja, até que ponto o Estado pode interferir e inibir a Igreja, como no caso da presença de símbolos religiosos em repartições públicas e a questão do Ensino Religioso nas Escolas”, declarou Sarubbi.

Para Chico Julho, é importante que a Igreja aprimore a gestão eclesial. “Felizmente os bispos estão cada vez mais interessados em manter o controle administrativo da diocese com clareza, transparência e organização”, opinou.
Ainda segundo o ecônomo da CNBB, o risco da diocese/paróquia ter prejuízo é grande quando os administradores não se preocupam com a questão. “Defendemos que as instituições devem  fazer previsão orçamentária ano a ano, estando cientes do princípio primordial da administração: a despesa não pode ser maior que a receita”.

Funcionária da arquidiocese de Juiz de Fora há seis anos, Francys Franco Guedes, disse que mesmo com anos de experiência, o evento trouxe novos conhecimentos. “Na correria do dia-a-dia não paramos para pensar como simples atitudes são importantes. O curso me deu uma visão mais ampla de como aspectos da administração podem contribuir para melhorias futuras”, comentou.

De acordo com o arcebispo de Juiz de Fora, dom Gil Antônio Moreira, a iniciativa mostra que a Igreja também quer conhecer seus direitos e deveres. “Na sociedade também somos tratados como empresa”, completou.

Celebrações e momentos de confraternização ainda fizeram parte do curso, que durou três dias. A atualização do clero da Província Eclesiástica de Juiz de Fora começou na segunda-feira, dia 23, com palestra do bispo da diocese de Petrópolis, dom Fillipo Santoro.

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