Em audiência geral, papa indica sinais do Jubileu da Misericórdia

Papa faz reflexão sobre amor, perdão e confissão

”Eu quis que o sinal da Porta Santa estivesse presente em cada Igreja Particular para que o Jubileu da Misericórdia se torne uma experiência que todas as pessoas possam compartilhar”, disse o papa Francisco na catequese da audiência geral desta quarta-feira, 16, ao recordar a abertura da Porta Santa da Basílica de São João de Latrão e das Portas da Misericórdia em todas as catedrais das dioceses do mundo, no domingo passado.

O pontífice, em sua fala, ressaltou o desejo de que “a comunhão eclesial seja cada vez mais intensa” e que “a Igreja seja no mundo o sinal vivo do amor e da misericórdia do Pai”.

Amor, perdão e a confissão foram os sinais escolhidos pelo papa para explicar aos 15 mil fiéis reunidos na Praça São Pedro.

“A misericórdia e o perdão não devem encerrar-se em meras palavras bonitas, mas realizar-se na vida cotidiana. Amar e perdoar são os sinais visíveis e concretos de que a fé tem transformado nossos corações e nos permite expressar em nós mesmos a vida de Deus”, afirmou. Para Francisco, esses dois propósitos são um “programa de vida” que não pode ter interrupções ou exceções, mas “que impulsiona a ir cada vez mais longe sem cansar, com a certeza de estar sustentado pela presença paternal de Deus”.

“Este grande sinal da vida cristã logo se converte em muitos outros sinais que são característicos do Jubileu”, acrescentou. Francisco ressaltou que a salvação não se paga, “é gratuita” e advertiu aos fiéis que não se deixem enganar e que saibam que para atravessar as Portas Santas não se paga. “A porta é Jesus, e Jesus é gratuito… atravessar a Porta Santa é o sinal de nossa confiança no Senhor Jesus que não veio para julgar, mas para salvar, é o sinal de uma verdadeira conversão do nosso coração”, disse.

O papa também alertou que é bom recordar ao atravessar a Porta Santa – símbolo do Jubileu Extraordinário –de manter “aberta a porta do coração”. “Porque não teria muito efeito o Ano Santo se a porta do nosso coração não desejar passar a Cristo que nos empurra a ir aos outros, para levar-lhes a Ele e seu amor”, acrescentou.

Confissão

Outro sinal que Francisco destacou em sua catequese desta quarta-feira foi a confissão. “Também a confissão é um sinal importante do Jubileu. Receber o sacramento com o qual nos reconciliamos com Deus é ter uma experiência direta de sua misericórdia”, falou.

O papa apontou um questionamento em relação ao pedido de perdão a Deus e o modo com o qual os fiéis enfrentam as situações que devem oferecer perdão. “Perdoar não é fácil, porque nosso coração é pobre e com sua própria força não consegue. Mas, se nos abrimos a receber a misericórdia de Deus para conosco, também nós seremos capazes de perdoar”, explicou.

Ao final da catequese, Francisco animou todos a viverem o Jubileu começando por esses sinais que comportam “uma grande força de amor”.    

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