Epifania = manifestação

No Natal celebramos o nascimento do Menino Deus. Na Epifania, esse mesmo Filho de Deus se manifesta ao mundo como divino e humano. É a revelação daquilo que o mundo busca hoje, isto é, a paz, a unidade, a comunhão e a preservação da terra. Deus vem a terra para humanizá-la, fazendo com que a Criação seja resguardada na sua integridade e na dignidade.

Para os destruidores da terra e da humanidade, a manifestação do Filho de Deus é atitude de rivalidade. A sua mensagem exige justiça e honestidade no trato com os bens da natureza. Jesus vem como a estrela que brilha na cultura da escuridão, ameaçando o poder político desonesto e explorador do povo e da nação.

Transparece um grande contraste entre a humilde aldeia de Belém e a pomposa e orgulhosa metrópole de Jerusalém. É a força da simplicidade deixando preocupado o orgulhoso poder dominador do rei de Israel. Dificilmente a força do imperialismo consegue ficar de pé se apoiando em falsas e infundadas iniciativas.

A presença de Deus faz a humanidade mudar de rumo. Os critérios de ação são outros, exigindo compromisso com o sentido real da vida. O cenário da violência e da submissão deve ser superado, valorizando a força da solidariedade e da partilha. O egoísmo, as práticas inconsequentes e irresponsáveis levam à autodestruição.

O sonho dos cativos é a busca das liberdade, o retorno a uma vida feliz. Esta é a esperança no Rei que se manifesta, revelando o plano divino escondido para as gerações do passado. Jesus se manifesta não como “salvador da pátria”, mas como “Salvador do mundo”. Isto não foi entendido pelos sábios de outrora.

Tendo havido a manifestação de Jesus, cabe a nós hoje ver Nele a nossa vida e a nossa história. Ter a mente e o coração abertos para encontrá-Lo na sinceridade e no compromisso de vida. Assim poderemos ser luz e caminho para todas as pessoas que vivem sem esperança e atropeladas pelas grandes dificuldades e crises da vida.

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