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Obra indicada: |
LIBANIO, João Batista e BINGEMER, Maria Clara L. Escatologia cristã: o novo céu e a nova terra. 3. ed. Petrópolis, RJ :Vozes, 1996. 302 p. |
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Autor (breve apresentação) : João Batista Libanio, jesuíta, mineiro, nasceu em 1932. Obteve a licença em Teologia em Frankfurt (Alemanha) e o doutorado na Universidade Gregoriana de Roma Atualmente é professor na Faculdade Jesuíta (FAJE), em Belo Horizonte. Publicou mais de noventa livros, entre os de autoria própria e em colaboração, e centenas de artigos em revistas nacionais e estrangeiras. Maria Clara Lucchetti Bingemer: leiga, carioca, possui doutorado em Teologia Sistemática pela Pontifícia Universidade Gregoriana. Atua na direção e coordenação do Centro Loyola de Fé e Cultura. É avaliadora de Programas de Pós-Graduação da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior. Professora de Teologia do CTCH da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro. |
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Sinopse: O primeiro capítulo trata da problemática escatológica, dedicando-se especialmente à questão das utopias e ideologias. Analisa o caráter escatológico do movimento de Canudos e da Guerra Santa. Enfatiza a redescoberta escatológica, a partir do século XIX. O segundo capítulo descreve a experiência religiosa popular, aliada às buscas e lutas do povo. Segue referindo-se a Jesus e à pregação do Reino de Deus. Destaca a contínua proximidade escatológica de Deus. O capítulo sobre a morte apresenta-a como ato da natureza, da pessoa e fato social. Nessa parte elucida a morte como evento burguês, seu impacto no mundo dos pobres e termina fazendo considerações teológicas. O quarto capítulo aprofunda a ressurreição dos mortos e sua relação com a Parusia. Uma vez mais, parte da problemática atual, especialmente entre as camadas populares e os segmentos letrados. Segue apresentando os dados fundamentais da fé na ressurreição dos mortos, mas faz algumas considerações hermenêuticas. Quanto às diversas interpretações que se conhecem sobre a ressurreição, os autores delimitam marcos inaceitáveis e plausíveis. Também avalia as questões da alma separada do corpo e da ressurreiçào na hora da morte. Conclui, apresentando a Parusia de Cristo, a ressurreição da carne e a transformação cósmica. O juízo e o purgatório são os temas do quinto capítulo. Libanio parte da realidade dos pobres e de Israel, para expor a novidade de Jesus. Em seguida, apresenta os esquemas interpretativos do juízo, muito mais temido, do que esperado, por ter sido demais enfatizada a ameaça do fim terrível. Sobre o purgatório o autor focaliza o percurso doutrinal até à consolidação da fé na purificação. Inclui uma reflexão atualizada sobre o tema. O último capítulo, de autoria de Maria Clara, trata do inferno como possibilidade de frustração eterna. Relaciona a crença popular com a descrença do mundo secularizado. Sistematiza a abordagem com base na Sagrada Escritura e na Tradição da Igreja. Insiste em que o inferno é uma possibilidade não-divina e justifica que o inferno começa aqui, quando se criam condições de vida infernais. Depois, segue versando sobre o céu como realização absoluta da vida. Recupera a fé popular e critica o céu estático e dualista de alguns segmentos sociais. Elucida as imagens da Escritura, o céu de comunhão que Jesus Cristo revela na ação do Espírito Santo. Finaliza-se a obra, apelando para uma práxis cristã, baseada na Escatologia, de forma que as pessoas procurem viver assim na terra como no céu. |
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Partes principais da obra: 1. A problemática escatológica: as perguntas 2. O núcleo escatológico fundamental: Jesus e o Reino 3. A morte na perspectiva cristã 4. A ressurreição dos mortos e a manifestação gloriosa do Senhor Jesus. O fim do mundo 5. O juízo de Deus e a purificação para o encontro com Deus 6. Inferno e Céu: possibilidade e promessa Conclusão |
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Por que essa obra é referencial ou relevante (justificar): Apesar de ser uma publicação de 1985, o livro continua sendo utilizado como referência nas Faculdades e Seminários brasileiros para o estudo de Escatologia. Tornou-se um texto relevante para a reflexão latino-americana. Propõe-se como instrumento didático válido e de leitura agradável. |
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Responsável pelas informações (nome/ diocese ou instituição em que atua): Pe. Leomar Antônio Brustolin, Diocese de Caxias do Sul – Professor na Faculdade de Teologia da PUCRS – Porto Alegre-RS. |
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